quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ela estava lá.


...e você estava lá. Cercada de gente. Mas eu só via você. Só via aquela garota de chinelinho rasteiro tomando aquela fanta uva gelada. Só via aquela menina que, de longe ou de perto, olhava pra mim com o mesmo sorriso, com o mesmo olhar. Ah! E aquele olhar? Meio perdido, meio bandido, meio não dizer nada, meio dizer tudo. Eu fiquei lá, tentando entender os olhares, olhando os braços vermelhos e tentando adivinhar e supor idéias, pensamentos e situações futuras. Tentei me expor, percebi que não era preciso. Aquela garota estava em evidência, era o assunto, o título e o problema, a hora e os segundos que passavam sem parar.Senti enorme vontade de fazer o “possível”, fazer o “não-obvio” e, talvez o “nada a ver”. Tentei desmistificar certas coisas, quebrar certos paradigmas e sugar o sangue que corria quente em mim. Eu só via ela, e via nela a solução dos meus problemas, aquele porto seguro, aquela suposta resposta para as minhas perguntas. Ela implicava comigo. Implicava com nariz e com fotos.
Na verdade ela me inspirava, me fazia rir por vontade. Me fazia sentir mais homem e intimidado, me fazia chorar, às vezes. Eu a sentia em qualquer lugar, a sentia, até mesmo no silêncio virtual, nas reticências e nos “etc”. Eu não sei se me feri, se me cortei e se confundi sentimentos...Não sei se perdi as peças do meu quebra-cabeça, se vi peças e brinquedos onde, realmente, não existiam.Sei de nada, sei de tudo. Sei de versos e de musica, sei meu mundo, sei nem tudo.
E confesso que, às vezes, penso em fugir, penso em me abandonar e me entregar à lua, ao sol e ver, no brilho delas, as minhas respostas tão esperadas. Na verdade não quero mais respostas. Quero rever aquela garota do início do texto. Aquele vestido roxo, com listras brancas (ou seria branco com listras roxas?) e que tanto me causa uma confusão gostosa, uma sensação “bacana”, a vontade de estar bem próximo ou bem longe. Que tanto me traz mais perguntas. E se é essa a minha sina, que seja pra sempre. Serei um eterno ponto de interrogação, buscando respostas e sentimentos vagabundos, corações largados e perdidos, sentimentos bobos e iludidos. Se for pra ser assim, que seja!Não serei único, não somos únicos. Somos vários, somos mais que dois ou três. Somos 10, 20, 40, 60! Somos mil e um, somos dez mil cabeças buscando vidas e flagelos. Buscando saciar nossos medos...
E ela estava lá, frente à brisa, frente ao mar...estava só, ela estava.Seus olhos brilhavam, queriam saltar. Ela estava lá, parecia quieta, parecia fria. Mas eu a vi, a senti e me vi nela. Me vi no reflexo do óculos, por que não, me vi na sua vontade imensa e nos medos que queriam ultrapassar aquelas barreiras imensas que as vezes nos fazia chorar. E chorar? A vi sim, chorado, mesmo tentando esconder, a vi chorar por segundos, mas foi mágico, foi eterno e será belo pra sempre.
E eu já me surpreendi com ela e confesso que tive certas “decepções”.No fundo, no fundo, foram decepções boas. Me fizeram perceber que anjos nem sempre aparecem com asas. Que anjos e mulheres podem xingar, podem falar alto, podem bater, podem beber e podem, até, não comer. Aprendi que é, de fato, importante conhecer pessoas e saber ouvi-las, ouvir voz, ouvir aquilo que pode ser bobo, mas é próprio. Sinto que estou chegando perto das minhas respostas. Como posso responder minhas perguntas se não conheço as dúvidas dela? As dúvidas dos outros! Como posso seguir em frente sem sentir aquilo de mais humano que havia naquele anjo que eu tanto amava, e amo. Eu não podia dormir sem escrever isso. Sem deixar aqui o meu medo em não ouvir mais as pessoas e vê-las sofrer por conta de um sentimento preso. Eu não posso me tornar a evidência e menosprezar sentimentos alheios, sem ouvir os meus anjos!Eu podia subir no telhado e gritar, eu podia ter o maior ouvido do mundo...mas não escutaria ninguém nunca.Eu estava cego, surdo, mas não mudo. Eu falava e jogava pra fora sem perceber que esse “fora” não era algo sólido e só.Esse “fora” envolviam pessoas, envolviam seres humanos que estavam ali, me ouvindo!Eu precisava ter paciência, eu precisava ter discernimento e vontade de caminhar ouvindo sempre pessoas ao meu redor. Por que não as ouvi, por que não as senti?
Eu sentia algo doce vindo dela, algo tão angelical e decente.Eu via um modelo, uma mulher. Surpreendi-me muitas vezes quando assistia, de camarote, certas cenas bobas, certos momentos e detalhes que eu sentia, via e ficava horas em silêncio tentando assimilar aquela nova característica pessoal que eu não conhecia. Na verdade vivo num eterno conhecimento. Eu nunca sei o 100%. Nem tudo é válido, nem tudo é inválido. São gestos, ações e sentimentos que me faziam construir um personagem, algo inacessível, algo longe e irreal, algo impalpável e descrente. Algo pesado e inocente. Algo burro. Sim! Eu era burro e buscava respostas burras para milhões e bilhões de perguntas burras, na verdade idiotas. Idiota? Sim, fui, estou sendo e vou ser um eterno idiota, um eterno aprendiz, um autor de crônicas idiotas que se refazem e se desfazem ao mesmo tempo. Vivo assim, nessa minha construção de personagens que não existem! Eu passei a perceber o quão bom é admirar, sentir e perceber detalhes, certas cenas orgânicas e inorgânicas de pessoas, de anjos-demônios, certas comédias e certos dramas. Passei a confrontar com novas visões, novos parâmetros e percebi que, na verdade, não podia desenhar e redesenhar personagens. Na verdade eu nem tinha poder pra isso. Somos todos construtores dos nossos papéis, das nossas ações, dos nossos desejos e anseios, dos nossos personagens mais íntimos. Só nós sabemos dos nossos sonhos, dos nossos defeitos e dos nossos perfeitos absurdos espirituais e não-espirituais. Somos autores de nossa cadeia fictícia de personagens, de ciclos de amizade, de corações...Somos pó e somos cinza. Somos ossos e carne, nada mais! Somos seres humanos que sentem, que se refazem e que encontram no outro aquilo que verdadeiramente o completa, que o transforma numa máquina de perguntas que, na verdade, não podem ser respondidas. São perguntas lacradas, mudas e sem respostas. Viver talvez seja a resposta mais fiel a todas aquelas perguntas pertinentes. Viver é sim o grande quebra-cabeça que movimenta o amor, a fantasia de viver cercado de anjos, pessoas e personagens.
Eu olho pro relógio e fico tentando imaginar ela lá, deitada, sonhando, talvez não. Eu a imagino lá. Pé na parede, som no ouvido, tempo distante, voz quieta, coração abandonado, muita coisa pra dizer ou não.Ela estava lá, nem tão distante, nem tão perto. Inconstante, nunca inconveniente. Sempre ali, sempre aquela imagem, sempre aqueles olhos, sempre aquela voz, aquela voz. E eu vou sentir isso pra sempre. Mesmo em pedaços, mesmo morto, mesmo não aqui mesmo lá e cá. E eu vou ouvir sempre, vou ler sempre e me reconstruir sempre. Obrigado por estar aqui.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Oh! Árvore!

Era dia, já havia passado natal. Eu estava lá, com o mesmo cobertor, o mesmo travesseiro. Estava eu lá deitado e com preguiça da vida. Olhei pro mundo lá fora. A janela estava aberta. Vi a chuva. Levantei da cama ainda com sono e fui rumo a porta. No caminho ouço frases e comentários.

“Ah! Seu Jorge! Foi a árvore. Num é que caiu?”...

Árvore?
Era a voz de vovó que, da varanda, fazia questão de comunicar todo mundo que passava na rua que a árvore em frente de casa havia caído. Não dei importância e continuei perambulando pela casa. Tomei um leite e fui até a varanda conferir o que de veras teria ocorrido naquela dada madrugada. Vovó repetia as mesmas frases. Havia chovido muito, realmente.

Lembro muito da minha infância, lembro tanto das brincadeiras e dos desejos tão ilusórios e utópicos de criança. Das padarias, das esquinas, das pessoas, dos sorrisos quentes em dias frios, das caricaturas, dos desenhos animados e das travessuras, das farras, comidas, doces, balas, das leituras, das ruas, do rio e... das árvores!

Olhei atentamente aquela árvore caída no rio.. (sim, em frente a minha casa ainda tem um rio).Ela estava morta, clamando seus últimos minutos de vida. Gritando de dor, chorando por dentro. Lembrei-me, no mesmo instante, daqueles momentos infantis, das brincadeiras em torno daquela árvore. Dos valores, dos medos, angústias e dos sonhos coletivos. Pensei em chorar, mas acabei dando gargalhadas aos montes. É! Eu sei! Uma árvore morta, sentimentos e passado... era para eu estar chorando e demonstrando todo o meu sentimento saudosista, lembrando daquela minha fase em que ditava preservação ecológica, mas não! Estava lá eu, sentado na beira do rio, a árvore esfacelada em raízes para todos os lados e as minhas gargalhadas obesas.

Eu lembrava das nossas ilusões, das nossas brigas, das nossas conversas. Aquela árvore marcava minha infância, tudo acontecia em torno dela. A morte dela parecia a representação mais fiel do fim da minha infância. Talvez seja isso: uma prova de que aquelas ilusões, aqueles desejos e brincadeiras hoje não existem mais e, aquelas crianças tão sonhadoras, brincalhonas e verdes, hoje já estão maduras.

Senti, sim, uma vontade imensa de juntar as raízes e por aquela árvore no lugar novamente, mas de nada valeria. Faltariam os sonhos, os desejos e as pessoas. Faltaria o sentimento, faltaria carne, osso, faltariam pessoas que hoje tenho tanta saudade. Faltariam sonhos, faltariam gargalhadas, faltaria comédia e pesadelo.

Aquela árvore representava, pra mim, nada mais nada menos, que uma maneira imbecil de representar aquelas minhas manias infantis, uma forma boba de ver representatividade em tudo. Eu tinha que olhar aquela árvore e ver algo animalesco? Eu teria que imaginar representações e lembrar do passado? E por que eu? Ninguém mais faz isso. Por que eu?Por que eu tinha que olhar aquilo, lembrar das coisas e ficar imaginando situações sem pé nem cabeça? Por que eu dei vida àquela árvore mesmo ela já estando morta? Por que transformei a árvore-cadáver num personagem não-fictício da minha infância? Por que?


Respostas? Onde estão...
Faço logo menção à uma música de Danni Carlos que diz:

“Respostas que eu não tenho... eu me disperso eu nem as quero, se o que eu mais gosto nela é seu mistério, seu mistério...Respostas só confundem o que o meu coração diz, respostas são praqueles que tem medo e eu já caí!”

Talvez eu ainda esteja muito ligado ao meu passado. Retorno a ele sim, sempre, quando tenho dúvidas, quando tenho medo e quando algo no mundo, hoje, não me agrada. Volto aos meus brinquedos, idéias, planos e papéis. Desenhos vadios, desenhos vagos que me faziam sonhar e desejar um futuro tão inocente longe dos monstros da nossa sociedade atual, longe dos jornais da imprensa, longe dos castelos, longe dos espinhos. Eu não perderei minha infância nunca!
Serei uma eterna criança, um jovem-criança, um adulto-criança, um velho-criança, idoso-criança, defunto-criança, assim retorno à vida e faço meu recomeço.
A árvore caiu? Pena. Vivi muita coisa ali sim Mas há uma árvore maior, gigante, cheia de recordações boas e lembranças inocentes de criança, cheia de frutos redondos de esperança e histórias, desejos e ilusões que, não pára de florescer e crescer, incessantemente, dentro do meu coração. Tenho raízes, aliás, sou raiz, sou peça de quebra-cabeça, sou pedra, sou mármore, sou peça chave do meu próprio coração. Sou um, sou apenas, sou nada, sou sol. Sou apenas uma partícula, uma seiva, o orvalho que cobre as folhas e condecora o verde das plantas. Sou recordação, sou passado e, por que não, sou criança;

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Hoje estou com uma tremenda dor de cabeça. Confusões psíquicas, sentimentos indescritíveis, acumulação de rancor, ódio, tédio e ansiedade. Por que estou assim? Eis a pergunta que, até agora não consegui responder. Vovó diz que foi o leite que tomei na última quarta-feira e, ainda insiste em dizer, que o nervosissmo pré-provas também ajuda, afinal vou fazer prova nesses últimos dias. Mamãe diz que é uma virose, algo passageiro, mas que ataca se não curar. Pai sempre diz que é dor de cabeça e diz que é pra deitar, estudar e ser confiante. Eu já considero essa minha "perturbação", como passei a chamar, uma consequência de uma série de coisas. Provas? sim; Medo? sim; Ansiedade?; também.

Nesses últimos dias tenho sentido tantas coisas, além das dores de cabeça e de barriga. Tenho sentimentos que saem da cabeça, mais precisamente do cérebro, sentimentos que vêm da alma, do corpo que clama por férias, mas, um sentimento mais profundo ainda que, está encurralado, perdido e indeciso dentro do coração.

Tenho vontade de amar, surgem pessoas, surgem mulheres. Eu não sei dizer: Te amo. Aliás, até sei, mas não sei se sabem que "amar" parte de um significado tão abrangente e se particulariza num só sentimento oculto e não-vazio que teima em ficar preso.Por que não sei falar? Por que não sei pedir? Por que não sei implorar? Eu tenho tantos medos, tantos sonhos e tantas ilusões acumuladas que não sei lidar com caminhos já traçados, com pedras já polidas, com sonhos já sonhados. Eu quero é amar.

E, além de mãe, pai e vó, dizem que é a carência, falta de boca, contato humano. Dizem...dizem...apontam o problema, mas não se sugerem como solução.Não se doam.Não me doam. Culpa minha, culpa do meu silêncio, culpa dos meus sentimentos presos, sentimentos bandidos.
E eu queria fugir, fugir, furgir...
Eu queria estar aqui, alí...
e poder realizar sonhos que eu não posso...
navegar por mares tão longíquos que eu desconheço
Escrever obre aquilo que não sei
Sair e voltar, voltar sem sair e madrugar num cemitério
Ver velas velando as minhas dores, vê-las partir, vê-las arder, sumir, enfim, se decompor...

Seria simples fugir, mas eu queria mais, queria acabar com essa minha angústia que, eu sei, vai passar, acabar com essa ansiedade que, eu sei, vai passar.
São tantos projetos, tantas ligações, tantas promessas de beijos, tantas promessas de abraços. E eu fico aqui, os esperando, os venerando.
Eu fico longe, fico perto, fico nu, fico mudo. Desenho tatuagens, sinto mãos e pernas, sinto pele fria, sinto olhos quentes e bocas secas pedindo algo que eu não sei bem o que é.
Sinto muito por mim mesmo, sinto muito por minhas angústias e pelo meu silêncio. Eu não queria ser assim. Me falam que falo bem, me falam que falo demais, mas falo coisas banais, coisas que todo mundo sabe, falo a respeito do mundo, o que não significa nada, e esqueço sentimentos meus, esqueço aqueles sentimentos ocultos que não conto pra ninguém, sentimentos e vontades, vontades absurdas (talvez não) vontades abstratas e desejos inocentes de carência que pode, ou não, ser correspondido.
Espero?
Espero...
Espero.


PS.:::::::ESPECIAL: CAPITU

Assisti, até agora, apenas um capítulo, mas é de encantar qualquer contemporâneo de época.Eu, particularmente não posso deixar de demonstrar minha imensurável honra ao ver uma das mais famosas emissoras mundiais de televisão exibir e produzir uma microssérie primorosa como essa. Brasileiros sim e podemos dizer: é nosso!Orgulho em fazer parte da nação brasileira-global
A música tema é linda demais. Se chama Elephant Gun da banda Beirut. Me indentifiquei com a letra, reflete algo que sinto, algo que não é, exatamente, palpável e explicável.

Letra (traduzida)

Elephant Gun

Se eu fosse jovem, eu fugiria desta cidade
Enterraria meus sonhos no subsolo
Como eu, nós bebemos até morrer, nós bebemos essa noite

Longe de casa, elephant gun*
Vamos derrubá-los um a um
Nós os deitaremos, eles não foram encontrados, não estão por aqui

Que comecem as estações - elas rolam como devem
Que comecem as estações - derrube o grande rei (2x)

E rasgam o silêncio do nosso acampamento à noite
E rasgam a noite

E rasgam o silêncio do nosso acampamento à noite
E rasgam o silêncio, tudo que é deixado é o que eu escondo

*elephant gun: é uma arma de calibre largo. Ela tem esse nome porque originalmente eram feitas para uso de caçadores de elefantes ou outras caças perigosas.


sábado, 29 de novembro de 2008

Gordo ou magro?


Esses dias, vovó recebia uma visita aqui em casa. A conversa se estendia na sala enquanto eu, envolvido com as gravações do último filme, estava no computador, sempre de ouvido em pé.
Vovó e a visita conversavam sobre vários assuntos. No início foi o clima. (clima, aliás, quase sempre é início de conversa).
_Que chuva não?
_Ô!
_E o pior é que não pára! Chove um pouco, depois chove de novo!
_O meteorologista disse ontem na tv, que a previsão é de chuva para a nossa região nos próximos dias!
O papo continuou e eu já me sentia incluso na conversa entre as duas. Me sentia um íntimo oculto. Um ouvinte sem palavras, sem gestos e sem ação. (aliás, eu quase sempre me sinto assim quando estou diante de pessoas que não conheço bem). Vovó continuou relatando as duas últimas mortes que aconteceram em nossa família. (note que os assuntos até variam, mas os tons continuam os mesmos). Minha vó falava de como foi ruim ver seu irmão partir. A visita foi logo consolando-a e, confesso, também me emocionei. Raramente converso com vovó, mas sempre ouço ela contar casos para os outros. Quando recebo amigos (adooro) e outras pessoas em casa, conheço sempre um lado da vovó que nem eu mesmo conhecia. Ela deixa meus amigos tão a vontade que eu sinto na obrigação de agradecer (e quase sempre eu esqueço, aliás, nem me recordo da última vez que disse isso à ela).
O fato é que, a visita ia fazendo uma novela na cabeça diante dos detalhes e da emoção transmitida por vovó.Os fatos foram se desenrolando até que os assuntos mudaram.A visita passou a perguntar sobre pessoas, conhecidos antigos e vovó lembrava de todos. Vovó sempre teve uma memória brilhante e eu sempre admirei isso, às vezes, ela lembra de coisas que nem eu recordava mais. Acho isso fascinante!
A visita perguntava:
_E aquela moça...aquela mocinha boa que trabalhava na fazenda...?
_Jaci?
_Isso!
O papo continuava e a visita fazia questão de ficar perguntando sobre a vida daquelas pessoas que vovó lembrava tão bem.Até que chegou num ponto que eu percebi algo engraçado, talvez não.
_E ela tá gorda?
Minha vó falava, desconcertada:
_olha, ela tem feito uns regimes...
A visita fazia a memória de vovó trabalhar ainda mais:
_E a fulana? Continua magra?
_Olha, ela tava bem cheiinha da última vez que a vi!
E assim a conversa foi seguindo. Eu, do quarto sempre ouvia quando a visita disparava: “Ela está magra ou gorda?”Coisa esquisita! O que isso pode acrescentar no assunto? Gordo, magro, velha, nova, baixo, alto...e os sentimentos? Não que eu recrimine quem fale de magreza ou gordura (eu também falo, sou humano pô), mas ficar lembrando nomes e pessoas e perguntar se está gorda ou magra atualmente, já é demais! Aliás, até que seria interessante. Imagine que sua melhor amiga ou amigo tenha viajado e você não o vê há uns dez anos (exagerei?). Qual seria sua reação quando o (a) visse depois desse tempo um tanto cheia, digamos que uns dez quilo a mais? (só pra ter uma relação de equilíbrio: 1 quilo/ano).Seria uma surpresa e tanto não?
Mas talvez a curiosidade em saber se fulana está magra ou gorda supra a baixa auto-estima de se olhar no espelho e pensar: Ó meu Deus! Será que minhas amigas do passado estão mais magras que eu?
Pensar assim ou escrever sobre isso talvez seja complicado. Talvez esteja até cometendo um pecado em generalizar dessa maneira. Aliás, não há pecado nenhum comer um pouco mais além da conta. Comer é tão bom e faz tão bem!
A conversa entre a visita e vovó acabou me dando fome. Corri pra cozinha. Encontrei um bolo de laranja dando sopa, comi quase a metade!
Continuei a pensar sobre o comentário e a conversa que se desenrolava, ainda na sala de estar. Ouvia, ao longe, palavras como: dieta, regime, enfim.
O que me preocupava é que, em pleno século XXI, ainda existem pessoas que sentam e que, "perdem seu tempo" em discutir se fulano ou beltrano estão gordas ou não. E o mundo? Será que está magro, gordo? Será que precisa de dieta? De mudança? E as senhoras? Aliás, a senhora? (a visita não era nem um pouco magra!)
Vovó sempre seguiu a linha Olívia-Palito. Não que ela queira, mas é que já é habito dela comer pouco, herdei isso - em parte, assumo. Sempre esteve preocupada com os afazeres de casa, com o entra e sai de pessoas.Sempre trabalhou muito, está ajudando os vizinhos e as crianças que vivem se machucando na rua.
Enfim, voltei ao quarto e a conversa prossseguia no mesmo ritmo, no mesmo assunto. Gordura x magreza: eis a questão, eis o assunto.
Percebi uma movimentação suspeita e que o som vindo da conversa na sala havia diminuído. A visita já não estava mais ali. As duas (visita e vovó) haviam se dirigido para uma outra parte da casa, a cozinha. Olhei da greta da porta:ambas comiam a outra metade do bolo sem culpa e com muita gana, com coisa eu não viam um bolo de laranja há anos.Ê saudade!
Assunto encerrado - com umas gramas a mais, é verdade.
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.E viva a liberdade!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Eu quero uma casa no campo...


Sou daqueles que gostam do frio, que gostam das serras, aqueles que gostam de assistir filme debaixo de um cobertor quente, de preferência um edredon xadrez, tomando café com leite ou um chocolate quente, suiço de preferência. Sou daqueles que, depois disso, quer sentar numa mesa de madeira, deixar os pés com meias tocarem o chão e ler, escrever...ouvindo o som que vem da lareira, da madeira em brasa. Lá fora a chuva, de preferência bem branda, levinha tocando as ervas que crescem no telhado.Na verdade, seria interessante se olhasse da janela do meu quarto, no segundo andar da pequena casinha, e visse montanhas cobertas de neve, árvores cheias de galhos e de flores (quem sabe?).

Eu queria ter esse recanto, ser esse recanto. Eu queria ficar sozinho, às vezes, mas repleto de gente, numa das poucas ocasiões. Sair, festejar, encontrar os amigos e fazer festas, ligar pros amigos e dizer, simplesmente, "venham aqui pra casa". E eles vêm, acredite! Fuçam sua geladeira, contam casos, me divertem. Cantam música, bagunçam seu quarto, sua casa, comem seu flan, bagunçam seus livros, mas, mesmo assim, te divertem, te fazem rir.

(Frutillar - Chile)
Eu queria um recanto assim, com mato, com verde, parecido com uma clarabóia de madeira e vidro ou aquele chalé que inspira Campos do Jordão.Podia ter, sim, influência tecnológica, desde que não muita.No cantinho da sala eu autorizaria um lap top e um telefone fixo. Telefones celulares me encomodam, principalmente em viagem. Na vidagm, só pra esclarescer, eu gosto, literalmente, "viajar", ponho o ipod no ouvido e esqueço do tempo, lembro de pessoas, de momentos e lembro de situações tanto alegres quanto triste, dependendo da música.
Na sala, ainda, como iluminação, nada mais que um lustre pequeno dos anos 30, com lugar apenas para 3 lâmpadas quentes. Uma escada de madeira que me leve ao meu quarto, um quarto pequeno apenas. Do pequeno corredor lá de cima, se vê tudo lá em baixo. A sala, o sofá, a mini-cozinha, e um escritório.No quarto, uma tv e no escritório, um GPS cercado por livros, um painel cheio de anotações, números, fotos enfim.

Seria muito bom ficar horas e horas neste lugar, saboreando o Waffer e chocoloate o resto da semana. Talvez ser rico seja bem melhor que ser jornalista!

Lá fora, um jardim com plantas de grande porte, e árvores, mais nada.
Lá dentro, eu, à espra de respostas, à espera de perguntas. Querendo me encontrar. Essa casa seria a meu porto seguro, a minha mãe, o meu refúgio para o frio. Não só do frio que vem do clima, mas o frio que vem de mim, dos meus medos e angústias, das minhas decepções...

E lá, na casa, jogar tudo o que você sente. Se encontrar, brincar consigo mesmo, dormir e levantar, esquecer do trabalho. E o telefone pode tocar, mas você, por direito, pode não atender. Desligue-o e esqueça do mundo. Faça um chocolate quente, uma pipoca, ponha um filme antigo pra rodar e lembre-se apenas de você. Não é dica de emo, nem dica de quem está decepcionado e solitário. É dica de quem busca uma valorização do próprio eu e uma paz que só esses lugares podem te dar. Companhia? Sim, se estiver apaixonado, e apaixonando. Tudo isso ficaria bem melhor mesmo com aquela que ama do lado. Sim, estaria completo. Frio, chuva, filme, chocolate quente, pipoca. Situação perfeita pro amor.Paixão!Beijos, carinho, abraço e a a única cúmplice disso tudo seria a lareira que estaria lá, acesa, esquentando ainda mais a relação.

Desligue a tv, e ouça apenas o som da chuva. Dali mesmo da sala, ver a água escorrendo pela clarabóia e amar, esse sim é o segredo e o remédio para todas as doenças do seu coração. Sentir o calor que vem do corpo e da relação entre união de corpos (esqueça da física!), sentir mãos, pernas, sentir desejos e compartilhar emoções. E depois disso tudo, não se arrepender jamais, amar e amar pra sempre, eternamente.E lembrar que talvez, os melhores momentos não voltam mais, jamais.

sábado, 8 de novembro de 2008

Jornalismo. Será?


*Uma frase,Detonautas:"às vezes me esqueço e
quando vejo um outro
dia clareou, eu fiquei aqui..."



Eu nunca tive tanta certeza do que eu queria.Tive não! Tenho!E nos últimos anos, a certeza de aprovação no vestibular era tão grande que eu não me preocupava. Estudava sim, sempre.
Esse ano as coisas começaram a mudar. Eu deixei de ser aquele nerdisinnho sem óculos mas que detestava festa, carnaval...pra me tornar aquele garoto tido como emo por alguns, retardado por outros e famoso por uma minoria.Pra me tornar numa máquina consumista, uma pessoa "influente", social, educada e QUE deve manter a "imagem".pRA Me tornar aquela pessoa que bebe, que cai, que dança , que mesmo assim, quer Jornalismo!Eu era (e sou ainda!)aquele que adorava ler um livro, melhor, escrever um livro. Isso me faz lembrar do livro "Lolita EANSA", o escrevi nas serras monteirenses, numa casa aconchegante, pequena, com teto de madeira e bichos, pernilongos e vagalumes à noite.Eu não me importava (e não me importo!) escrever é o que interessa! E...mesmo que eu não tenha conseguido me concentrar nesse últimos meses à respeito dos estudos, eu estou extremamente confiante, seguro e cada vez mais consciente de que o meu futuro começa com Jorna e termina com lismo. Aliás, minha vida seria um pudim sem açúcar se eu resumisse meu futuro simplesmente assim. Eu gosto tanto de criar coisas, produzir e vir a concebê-las que, num futuro próximo me arriscarei num cinema, numa publicidade, numa fotografia.
Escrever sempre foi o meu passatempo. Eu passava (e passo) horas na frente de um computador, mas o meu facínio mesmo eram os pápéis. Tenho um baú, na verdade uma caixa, repleta de papéis, embalagens e até papel higiênico. Neles há rabiscos, esboços de desenhos, logomarcas e símbolos que só eu entendo. Neles eu também esboçava inícios de história pra escrever futuramente. Quando estou sem inspiração, mas louuuco pra escrever uma história de ficção, eu corro pra caixinha, pego um papel e começo.Por incrível que poça parecer eu lembro exatamente da história e me vem na mente todas as idéias que eu planejava para aquela trama.
Eu não me importo. Eu não me preocupo (mesmo morrendo de preocupação) com as pessoas que dizem estudar. É o melhor que elas fazem! Eu não posso me prender à isso. Cara! Eu confio na revisão e acredito sim, como disse a Mízia, em milagres. Eu creio sim que algo de bom pode acontecer em qualquer circunstância da vida. Basta acreditar e pedir. As duas semanas próximas serão de revisão. O Darwin vai fazer uma junção de todas as matérias e seus tópicos mais importantes. Não vou pregar o olho!, não vou dormir, vou virar a noite, sei lá!Eu não posso perder aquele meu entusiasmo, aquela minha certeza de aprovação.Eu nunca tive tanta vontade de passar e nunca tive tanta preguiça em estudar! Essa é minha sina.
Eu.Jornalista.Será?
Não vou me preocupar mais; durmo, logo o dia amanhece. Já passa das quatro horas da manhã. Chego exausto de uma noite de forró, meu pé está amassado, sem contar no bicho de pé.Eiiita bicho que não sai!Tô com fome, mas a preguiça não ajuda a ir na cozinha tomar um café. E há café? Sim , há café, porque vovó deixou duas garrafas na tarde anterior, está quentinho. Deixou também um bolo de coco dentro de uma sacola.Colocou meu leite na geladeira (geladinho como sempre!) e foi dormir. Minha mãe reclamou do dinheiro, estamos gastando muito (olha que coinscidência) com educação, escola, formatura,...Os livros estão sobre a mesa e a apostila de história aberta em "Invasões estrangeiras no período colonial do Brasil". Eu olho pra cama e ela está prontinha só me esperando pra deitar, encostar minha cabeça no travesseiro e orar. Meu computador também fez sua parte,só está aqui, exausto também, esperando que eu o desligue e tente dormir.O relógio também cumpre seu trabalho deixando soar esse barulinho, me lembrando de que os segundos e os minutos passam voando e que eu não posso perder tempo.Todos estão prontos, "preparados", cumpriram seu trabalho, seu dever. Só eu estou aqui, sem ânimo pra nada, com medo de viver.Vou seguindo em frente, alcançando o máximo que eu posso e seguindo o meu dom - sempre. Isso, pra mim, é o que realmente importa.
E viva a revisão!


PS [desabafo numa língua tribal]
*Vão se fuder os idiotas que pensam que passar no vest é que é o mais importante. Dizer "passei" ou "vou passar" não significa que você já alcançou o seu auge e está na sua melhor fase profissional.Não significa que você já está formado, porque até lá, minha filha, muita coisa vai acontecer e amores não exisem pra sempre.
Vão pra puta que pariu:

aqueles que acham que se drogar é viver
aqueles que usam camisinha
aqueles que tem vergonha de beijar
aqueles que tem medo de amar
aquelas que tem medo de dar
aquelas que só comem mato
aquelas que maltratam os animais
aqueles que não gostam de forró (brincadeira)
aqueles que não choram
aqueles que não pensam no outro
aqueles que te HUMILHAM, mesmo sem querer
aqueles que duvidam que Deus existe
aqueles que querem guerra
aqueles que acham que ser nerd é ser um ser diferete (quanto sofri)

BUSH
GUGU
FAUSTÃO
LUCIANA GIMENEZ
REDE TV
CHICLETE
NOZES
PÃO DE QUEIJO
TORTA DE MAÇA
HITLER
PADRÃO DE BELEZA

Vão todos pra barca do inferno!
Saudoso Gil Vicente..


Me traz inspiração:

MINHA MÃE
MINHA FAMÍLIA
MINHA CIDADE
WALCYR CARRASCO
NOVELAS
MUSEUS
PASSAROS
RUA
INTERNET
MÃOS
HISTÓRIA
JORNAL (ANTIGO DE PREFERÊNCIA)
MARTHA MEDEIROS
VANESSA DA MATA
CACHORROS
FILMES
MOSAICO
RIO
CHUVA! (QUE SAUDADE)
CACHOEIRA

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Aquelas pessoas...



*ler tendo vista que as palavras ESSA PESSOA e AQUELA PESSOA designam pessoas diferentes. Ok?

Ontem fiquei muito magoado, triste, querendo esquecer de mim.Eu queria fugir sem ter que dar explicação pra ninguém, mas, na realidade, tinha que prestar contas comigo mesmo.Errei?Sim, erramos, falamos, julgamos.Aconteceram coisas que me fizeram enxergar outras coisas, enxergar outras pessoas e descobrir que, ao meu redor, vivem anjos que estavam escondidos atrás dos meus sentimentos vadios.Anjos que pegaram na minha mão, anjos que falavam baixo, anjos que, junto comigo, choravam.Anjos que mudaram o rumo das minhas lágrimas.
Caí em profundo sentimento de desprezo.O que eu teria falado, se não a mais pura verdade? Porque eu esconderia algo tão real?Eu precisava chorar e jogar pra fora tudo o que eu não conseguia assimilar.Eu estava mudo, não conseguia falar! Eu estava cego porque as lágrimas já embaçavam minha visão, molhavam as minhas folhas de caderno em branco.Eu já não ouvia mais.O professor continuava a falar e eu continuava sem o ouvir, sem o ver, sem aprender.Estava preso aos meus próprios sentimentos.Estava cheio, preocupado com todos os motivos que me faziam chorar.Na minha mesa chegavam bilhetes aos montes.Meus amigos - meus anjos! - queriam saber a origem das minhas lágrimas, queriam saber as raízes daquilo que eu não plantei, mas que um pássaro, vagabundo, plantara, roubando a semente mais podre do meu coração.Aquilo germinou rápido e as raízes estavam crescendo por todos os lados.
Aos bocados, fui tentando ler o bilhete mandado por certa pessoa. Sim! Haviam mais pessoas envolvidas na história do que eu mesmo, meus anjos e o professor.ESSA PESSOA me decepcionava, me humilhava e dizia coisas que eu não era obrigado a ouvir.Talvez sim.Talvez eu fosse obrigado a entender que esse pessoa havia mudado.Que ESSA PESSOA estava rasgando, com suas próprias mãos, o meu coração.Rasgando as minhas palavras, os meus pensamentos, amassando aquele esboço de uma explicação mal planejada. ESSA PESSOA desprezou meus sentimentos, desprezou minhas raízes, aquilo que vinha de mim.ESSA PESSOA estava sem sentidos e ão enxergava o óbvio do problema.ESSA PESSOA não me ouvia, mesmo eu mudo.ESSA PESSOA que já me fez rir, chorar, me apaixonar...hoje, me fez sofrer.
Suportei as dores e continuei a chorar.Eu fechava os olhos e, em vão, os abria na esperança de enxergar, acima de tudo, respostas.Mas eu só via penas em movimento, só via asas batendo forte e preocupadas.Por um instante ouvi harpas, vi auréolas, senti um vento leve tocando o meu rosto, tentando, inutilmente, secar minhas lágrimas."Retomei os sentidos".Retomei a chorar.E eu não parava.Meus anjos!
ESSA PESSOA, pra mim era muito querida, eu a amava (e amo) de verdade.ESSA PESSOA me deixava com dúvidas, me deixava confuso, me fazia criar dúvidas e perguntas que, antes, não existiam.Eu criava (e surgiam) perguntas sem respostas.Perguntas insalubres, cálculos incalculáveis!Eu já não entendia.Aliás, entendia sim.AQUELA PESSOA havia me traído.Eu já podia esperar isso DAQUELA PESSOA.Ela queria me ver pra baixo e destruir a amizade que existia entre eu e ESSA PESSOA. ESSA PESSOA que passou em mim e ficou.ESSA PESSOA que, desde minha tenra infância, me acompanhou e, mesmo ausente, fazia parte dos meus pensamentos e estava sempre na minha lista de convidados.ESSA PESSO que dividia comigo segredos, que compartilhava desejos, que me fez perder meus medos.ESSA PESSOA que me deu uma carona prum lugar e até hoje estou lá, dentro do seu coração.ESSA PESSOA que me fez ser mais homem, que me fez crescer e ir bem mais além daquelas minhas ambições tímidas. ESSA PESSOA que, por mais pouco que tenha sido, contribuiu para que eu pudesse desenvolver aquilo que é minha paixão.ESSA PESSOA que me trazia a paz, que me apresentou pessoas, que revelou nossa foto, que tentou me esconder, que ria pra mim, que chorava pra mim.ESSA PESSOA que acendeu a lâmpada necessária pra iluminar caminhos que eu não via.ESSA PESSOA que, depois de me fazer sofrer, usar a razão e se arrepender, deu-me um beijo na bochecha com cheiro de melancia. (era melancia?Talvez morango...não sei, meu olfato ainda estava afetado!).ESSA PESSOA que existe, que é real e não passa de um sonho idealizado e banal.Não podemos der idealizados nem, tam pouco, idealizadores.Podemos, sim, sonhar e traçar metas.Somos seres humanos e, por mais triste que isso possa parecer, estamos sujeitos a crítica, a elogios, enfim.Estamos a mercê de pessoas, de pássaros que só querem semear aquilo que é ruim. Estamos sempre a mercê DAQUELAS PESSOAS, estamos a mercê do mundo, perdidos em peças de quebra-cabeça que estão, multiplicadas vezes, mais perdidas que nós.
A frase: "seres humanos não podem errar", talvez seja a junção de palavras mais tosca que ouvi em toda a minha vida.Estamos sempre sujeitos a erro, a fantasia, a falhas utópicas, a visões, a imagens que não queremos ver.Estamos constantemente, sendo convidados para o Grande Baile de Carnaval que é a vida.AQUELAS PESSOAS devem existir para que nós aprendamos com ela, para que a amizade se fortaleça mesmo nos sofrimentos e nas lágrimas.Para que enxerguemos, sem maquiagem, AQUELAS PESSOAS que estão do nosso lado.Para que enxerguemos, acima de tudo, os anjos que nos querem bem e que estão sempre dispostos a nos mostrar a verdade irreal e opaca.Dispostas a trazer a esperança, a paz, o sorriso.
Por ESSA PESSOA entreguei meus sentimentos.Foi por ESSA PESSOA que me apaixonei.Foi por ESSA PESSOA que, na escola, deixava pegar minhas canetas.Foi por ela que eu chorei, por ela que eu ficava horas, por puro prazer meu, fazendo-a entender a história. Foi por ela que fiquei rouco de tanto gritar num desfile, por ela fiz uma faixa.Por ela, coloquei um cd num som, certa vez, e liguei pra ela deixando rolar a música "velha infância". Quando me dei conta ela estava do meu lado sorrindo e com seu telefone no ouvido,Foi por ela, e por outras pessoas que amo, que escrevi um livro. É essa pessoa que, mesmo querendo, não vai sair, dos meus pensamentos, da minha memória.É essa a pessoa que me irrita na topique e diz coisas que eu não disse, que fala de mim morrendo de rir, que me deixa sem cabelo (literalmente), que me faz ficar preocupado com as minhas crises apêndicas.É ESSA PESSOA o meu porto seguro e, por que não, a minha melhor agência bancária pra empréstimo. ESSA PESSOA que, jamais AQUELA PESSOA vai roubar de mim. ESSA PESSOA "retardada" mas que eu amo imensuravelmente.Foi com ela que chorei a morte de amigos queridos, compartilhamos a dor...e isso é lindo! Foi com ela que estudei (e estudo).Foi com ela que brinquei, briguei, chorei muito.
Eu não vou esquecer jamais dESSA PESSOA que, até hoje, tem nojo ao lembrar do dia em que arremessei uma manga contra sua barriga.ESSA PESSOA que não me fez temer e trouxe a "alegria" que é beber. ESSA PESSOA que, na formatura infantil, tentou o fazer o possível para não mostrar que esqueceu o texto. Nunca fecharam a cortina.Aliás, ela estará sempre aberta, forte e pesada.E eu vou contra AQUELAS PESSOAS que tentam, através das simples coisas ou com um pedaço de papel, apagar as luzes do palco e fechar nossa cortina, mas não conseguem.É inútil.O espetáculo está cada vez mais homogêneo, os personagens estão mais conscientes, mais fortes e maduras.No cenário utópico lá estão nossos anjos, nossos demônios, nossos sonhos...ESSA PESSOA que me aborreceu, que me magoou e que me fez sofrer, é a pessoa a qual devo grande parte do que sou.É a pessoa que me faz acreditar, a cada dia, que é possível ter e cultivar amizades, realmente verdadeiras.É a pessoa que eu faço questão que me entende e que jamais dirá que o que eu digo só são palavras bonitas.É a pessoa que eu vou guardar pra sempre naquele baú entreaberto de infância, onde guardo cartas, fotos e bilhetes.É a pessoa que vou ter, pra sempre, como uma amiga, uma irmã, um anjo.


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Certamente algumas pessoas não entenderão o texto. É mais um desabavo, um texto pra mim jogar pra fora sentimentos, mesmo assim orbigado a todos.E viva a amizade! Pra sempre!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Vamos fugir?


Às vezes eu fico me perguntando por que pessoas entram na nossa vida ou no nosso pensamento sem pedir licença. Às vezes com pressa. Entram eufóricas, calmas, nervosas, entram com medo, com dor. Passo a me acostumar com elas, com seus gritos exigentes de amor, por seus sonhos e desejos.
Fico imaginando mundos, lugares e paisagens onde eu pudesse repousar todas os meus “eus”. Fico imaginando bandos aos bandos pedindo Amor! Fico imaginando música, toques, poesia, notas soltas e vazias. Fico desejando nós!Fujo em busca daquela poesia não lida, daquela poetisa perdida, dos sonhos da minha vida.Fujo em busca um lugar, pra amar.Fujo em busca de uma ilusão, uma escuridão...nem um outro lugar está tão negro como meu coração.Queria criar asas, realizar meus desejos e voar, voar, voar!Buscar aqueles beijos perdidos, aqueles sonhos iludidos e gritar. Gritar contra o vento, mesmo sabendo que será em vão.Esquecer do tempo e deixar curar as feridas do meu coração.
Queria tanto esquecer de mim, esquecer de tudo e viajar para um lugar frio, tranqüilo e fugir, escrever palavras vãs, versos mudos em linhas tortas, esquecer da gramática, escrever e esperar...esquecer desse furacão, dessa fogueira em chamas, esse brasão que tantos chamam de coração
Aquela luz que me faz apaixonar e que, às vezes, me cega, emana de um par de olhos, esses olhos tímidos e poéticos...esses olhos pequenos que parecem não dizer nada, mesmo querendo dizer muito.Olhos ilegais, escondidos entre palavras.Olhos quentes clamando por uma chuva salgada que banhe todo o rosto. Lágrimas frias que lavem a alma e tirem a escura mentira que nos cobre e nos engana.Olhos vivos, vivos olhos, olhos nos olhos.
Meus olhos, meus ossos...estão tortos, estão mortos.Meu coração está em carne viva, vermelho, sangrando, procurando aquele amor, que trazia dor, procurando aqueles olhos que traziam a luz necessária pra viver, ser feliz sem me aborrecer.
Meus olhos estão cansados, meu corpo, meu rosto...
Busco coisas irreais, penso em desistir.
Tudo parece o oposto!
A estrada parece longa. Será que devo partir?
Um tempo.
Minutos...
Segundos
(...)
Acordo com medo
Mas preciso ter coragem
Eu tive um pesadelo
Foi tudo uma bobagem (ou não)
Meus sonhos, meus medos e minhas angústias...
...veladas encontram a solidão
Eu grito, conto segredos, sem medo.
Eu choro, me aborreço, cresço. Encontro anjos, demônios, fogo e água, céu e mar.
Meu maior medo, porém, é esquecer de te amar.
Vamos voar?
Te amo!

Continuamos esperando


Porque esperamos a lógica e a certeza da felicidade e do prazer de sorrir sem querer e querer morrer de amor por alguém que não existe.Porque esperamos dias em que o céu possa escurecer, embrulhar nossos sentimentos e fazê-los padecer, derreter e descer em forma de colossal garoa. Porque tememos nos perder na neblina das nossas aspirações e sentimentos mortos-vivos que insistem em nos perseguir. Porque estamos sempre esperando dias quentes, esperando a chegada do rei sol. Porque esperamos que palavras signifiquem bem mais do que simples palavras e que a voz seja a porta-voz do sentimento.
Esperamos que sorrisos sejam mais poéticos e sonoros que as vozes mudas dos nossos sentimentos. Esperamos, simplesmente, a perda do medo constante de viver e ver, crer que a morte pode sobreviver e ver que você não parece mais ser você e que o "eu" continua preso, sem ar, acuado dentro de uma máscara espessa que insiste em dizer não à vida.Esperamos que as janelas da alma canalizem emoções e que os corações se libertem em forma de amor.Esperamos cantar e encontrar atrás da máscaras, vidas, almas que supliquem viver.Esperamos encontrar caminhos submersos, abertos, fechados, alados, mas que sejam, simplesmente, caminhos. Caminhos grandes, baixos, altos e pequenos, logos e curtos.Escolhas.Área.Busca.Esperança.
Esperamos ciclos vertiginosos de esperanças e vidas, esperamos respostas, mas recebemos perguntas sobre perguntas que nos levam a outras perguntas que juntas nos levam ao abismo negro, inconsciente e inseguro nada.Esperamos gotas que sejam parcelas, pedaços aos pedaços, carne viva, almas sólidas que clamem por respostas que nos levem à lógica que sequencia o movimento humano em volta da esfera pessoal que resume o que somos.Esperamos futuro.Esperamos olhares que peçam, que falem e que se afoguem em mares salgados, em lágrimas fúnebres de tristeza, mas que se recuperem e subam no navio da esperança no amor e da certeza de que, mesmo nas incertezas, existem segredos secretos escondidos atrás dos conflitos subumanos, dos conflitos silenciosos nascidos de nossa mísera esfera-viva.
Esperamos sonhar com sombras, com placas e passos que nos levem, nos carreguem sonolentos e cansados a uma terra perdida, repleta de sonhos perdidos e esperanças cristalizadas.
Esperamos acordar e lembrar que todo esse longo tempo que passamos nessa "sala de espera", não passa de um vão, vulgar e traidor pesadelo. Esperamos, nada mais.

sábado, 1 de novembro de 2008

O novo! [protesto mudança!]



Há dois dias resolvi mudar. Mudanças são muito importantes, desde que o agente dessa mudança tenha consciência de que ela deve ser pra melhor.Na verdade é um paradoxo. Muitas coisas mudam e se tornam inorgânicas, irreais. Outras mudam e tomam forma, consistência, ficam multiplicadamente melhores do que eram antes.

Algumas mudanças são bruscas, severas e nos fazem tomar um susto quando elas surgem. Outras mudanças não deveriam ter existido. São mudanças incalculadas, não pensadas e que levam a um fim trágico. A mudança pode sim ser considerada algo que sempre tem resultado, consequências pro bem ou pro mal. Tudo que muda, muda também opiniões, muda o jeito com que pessoas encaram aquilo dito como "novo".

Mudanças podem significar o que for, mas são extremamente necessárias. Sem a mudança vivemos na monotonia, sem opiniões variadas, vivemos naquele mesmo solo, bebendo de uma mesma fonte pra sempre, sem refer~encias, sem algo pra dizer que foi passado e o que é o presente. Mudanças podem marcar épocas, estagná-las. Mudanças podem transformar presente em passado. O poder de uma mudança é forte. Muitas coisas vivenciadas por nós hoje, são frutos de mudanças. Mudanças que talvez nossos pais tenham lutado pra conseguir. Não aguentaríamos viver em pleno século XXI numa ditadura, por exemplo. É preciso que haja mudança, sempre.

Hábitos de sempre podem ser adaptados, usar uma roupa diferente, mudar o jeito de falar, comunicar. Tudo pode ser mudado, adaptado, mascarado.Mudar, na minha opinião, significa romper com o velho e criar o novo, sempre lembrando dessa linha, esse paralelo que nos liga ao passado. O importante de tudo, porém, é saber que, sem o passado não construímos o presente, sem o velho não construímos o novo e, sem isso não existiria mudança.



Escrevi algo esses dias sobre mudança...foi na aula, algo meio que sem sentido, mas veio do nada, inspiração.

"Mudo o mudado, mas o mudado não muda. Porque o mudado já mudou e, às vezes, é difícil mudar o que já foi mudado. Quem o mudou, agora está mudo.
Não quero falar em mudança, quero pensar em mudar. Nem tudo pode ser mudado, mas podemos fazer com que as pessoas mudem de idéia.
Enquanto vivo mudo
e, enquanto mudo, não falo
mudo por dentro
por dentro...
sem palavras
porque já mudei
sou mudo outra vez"

ALGUMAS FRASES:
"A mudança não assegura necessariamente progresso, mas o progresso implacavelmente requer mudança."( Henry S. Commager )


"Eu costumava dizer, Eu certamente espero que as coisas mudem. Então eu aprendi que o único modo de as coisas mudarem para mim é quando eu mudo."
( Jim Rohn )



"Mude o modo que você olha para as coisas, e as coisas que você olha mudarão."( Wayne Dyer )


"Mude. Isto tem o poder de enobrecer, curar, estimular, supreender, abrir novas portas, trazer experiência nova e criar excitação na vida. Certamente vale o risco."
( Leo Buscaglia )


"O primeiro passo para a mudança é a aceitação. Uma vez que você aceite a si mesmo, você abre a porta para a mudança. Isso é tudo o que você tem que fazer. Mudança não é algo que você faz, é algo que você permite."
( Will Garcia )

Vitória!



Nos últimos meses meu telefone não parava de tocar, eram recados, e-mail, fotos, docinhos, lembranças! A Lorena não me deixava em paz em quanto não me envolvia quase que totalmente no projeto da festa de 1 ano da filha dela e minha princesinha Vitória! A festa ficou linda e ficamos meses preparando-a...Só eu e Lorena sabemos o quanto foi difícil fazer essa festa, o tempo nos consumia muito, mas deu tudo certo, gaças a Deus.

Os doces, bolo, decoração...Tudo ficou perfeitamente lindo. Muitas coisa nos deu dor de cabeça e nos deixava um pouco nervosos, mas isso tudo passou e a protagonista da festa brilhou. Pra falar a verdade tudo foi tão lindo quanto o nascimento dessa criança linda.

Vitória não só representa um nome, representa toda a alegria, todas as batalhas vencidas, tudo o que foi conquistado com muitos esforço e dedicação. Não vou me esquecer jamais desse lindo sorriso, dessa bochecha gostosa, dessas mãosinhas delicadas, dessa festa linda e desse seu nascimento, dessa nossa nascente amizade que não tem data pra acabar.Jamais me esquecerei da vitória que foi ver você nos braços de sua mãe, sorrindo, alegre sem preocupação alguma com os problemas da vida. Viver feliz é o que importa, viver sim é a nossa grande Vitória!




segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Crise passageira: vestibular!

Quanto tempo meu querido blog!...pronto...já estou sendo falso e estaria sendo duplamente falso se dissesse que estou tremendamente seguro pro meu vestubular! Bom, estaria tremendamente seguro, sim, se estivesse estudando feito louco como estudava a tempos atrás. Vontade até tenho, mas a preguiça e os vestígios, as lembranças da minha última viagem e o reencontro com os amigos não me ajudam...e os dias vão passando e vou ficando aqui sem estudar...Sem contar nos meus novos projetos...tá bom...eu sei que nessa altura do campeonato eu devia está focado no vestibular...mas é impossível abrir mão de uns projetos que são tão legais e que eu adoro.

Vou tentar conciliar as coisas e ver se estudo um pouco mais. O problema é que onde quer que eu vá tem gente falando sobre vestibular etc...cansei! E o pior: ainda tem aquela pressão do tipo: "Ah isso não dá dinheiro"...
Detesto hipocrisia e detesto ouvir frases desse tipo. A pessoa deve escolher aquilo que ela gosta, aquilo que a fará feliz e, tenho certeza, o resultado disso tudo pode ser, tanto emocionalmente como economicamente, confiável.Conheço diversas pessoas que farão vestibular, e estão fazendo e estudando feito leucos, pra estudar algo que nem sabem ao certo o que é. Ainda dizem: "Meu pai mandou fazer direito, mas eu não sei direito o que é".
Realmente, essa pessoa não sabe nem que ela é direito, nem qual seu papel, nem o que quer da vida! Vai se fuder!

Na verdade tô aqui por que não to com ânimo algum pra estudar, tv, internet, rua, tudo, menos estudar...até as coisas que eu nem gostava de fazer estou passando a gostar pra não estudar...é incrível isso...mas que fique bem claro: não levo vida de vagabundo não....

O importante é se decidir. Sou decidido, mas o vestibular, às vezes, me deixa neurótico. Ora você quer, ora você não quer...e assim vamos vivendo nessa variável que é a vida.
Há dias em que, sinceramente, não quero fazer nada, esquecer que o vestibular existe e viver sobre o teto da mãe a vida inteira. Mas dia seguinte penso outra vez...não acho certo, claro!
Estou pensando muito, mas não ficarei anos e anos num pré vestibular, por exemplo. É passar ou passar. Ano que vem tô na universidade e ninguém me tira. Existem faculdades particulares excelentes e posso estar em uma delas em 2009.

O negócio é estudar. Essa é a única certeza e o único remédio contra as crises que nós, "estudantes", enfrentamos quando estamos diante de uma prova de vestibular.
Espero sair dessa atualização com a certeza de que não estou sendo falso e, é claro, com a certeza de que, estudar, é a única certeza.
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:) breve

terça-feira, 29 de julho de 2008

Sensação 1

Recentemente estou sentindo uma porrada de sensações...Não há como não dizer que o Rio é tudo que sempre sonhei, nem dá pra dizer que não estou com um pingo de vontade de voltar pra minha terra, pro meu espaço, pra minha família.


Muitas coisas aconteceram nesse mês que me fizeram refletir sobre muita coisa. Só o fato de conviver com mais sete pessoas dos diferentes lugares do país numa única casa já representa muito. Daí surgem os problemas, as análises em grupo, aquele pensamento de que você está sendo observado e você também faz várias conclusões, pensa mal sobre certa pessoa, bem de outra...na verdade parece um big brotgher. Há uma mistura de sensações, de ser condenado e condenar, não há paredão, mas há a falsidade, mas há a mentira. Não que isso tenha contecido, mas que isso sempre ocorre num espaço social onde vivem pessoas diferentes.






Saber conviver com a diferença é algo essencial. Primeiro, que até a própria língua é diferente, o jeito de analisar uma situação é diferente, e até mesmo para definir uma coisa há palavras diferentes. Isso aconteceu muito aqui e vem acontecendo constantemente. Nada vai mudar.






A experiência que tive também não foi só saber com as diferenças. Morar numa cidade pequena e depois saber (não que eu não sabia) que existem outras pessoas tão interessantes quanto aquelas que você já conhecia antes, tão fervorosas e que curtem aquilo que você também curte. É muito interessante saber que o mundo não está privado, que o mundo não é aquele ovo que vivemos (não que a minha cidade seja um ovo, longe disso).






Aliás, mudo o trilho da minha conversa para a minha cidade. Ah que saudade sinto dela! Sidade pacata (mas nem tanto), cidade feliz (mas nem tanto), cidade charmosa (mas nem tanto) cidade triste (mas nem tanto), cidade vibrante (tá bom, paro de falar" nem tanto"!!).






Muqui é uma mistura de gente, mas elas possuem muita coisa em comum, inclusive o sangue. Muita gente possui um vínculo familiar, pois a cidade é familiar e hospitaleira.Encerro a minha conversa, tenho muito pra falar, mas o tempo me priva...como disse no início têm acontecido tantas coisas ao mesmo tempo que nem dou conta de me definir, tam pouco escrever algo no meu blog. Fazer o que...espero que consiga dizer tudo no próximo post. Essa postagem tá uma merda, tá horrível...vou até enviá-lo logo antes que eu desista de mandá-lo. Desculpem-me pela falta de i´deias. Reponho depois!



Até!



blahhhhhhhhhs!



:)



segunda-feira, 7 de julho de 2008

Bem vindo ao RiO!




Não faz nem dois dias que cheguei ao Rio e já estou tendo surtos psicóticos. Até que tô me relacionando bem..Mas morar com mais 7 pessoas que vieram de todos os tipos de lugares do Brasil é meio complicado.


Detesto, mas fui obrigado a perguntar várias vezes o que Txai (um dos meninos do ap.) estava dizendo. Estou me acostumando e acho que chegarei ao Espírito Santo com um sotaque misto.




Rio de Janeiro é mesmo louco. Não conheço nada, mas essa é a melhor maneira de se conhecer, sem ninguém que sabe de nada por perto, conhecer por conhecer! Essa é a diversão!


Bom...quanto ao meu surto psicótico é o seguinte: Meu futuro.


Quero muito fazer um longa quando chegar em Muqui, mas quero muito passar no vestibular, Jornalismo!!!!Por isso, para me auto afirmar decidi colocar aqui meus planos pós Geração futura.


*Estudar para passar no vest.


*Fazer um longa


*Lançar Floresta Encantada ( um longa já pronto)


*Lançar um livro ( se Deus quiser ainda esse ano)




Meu inimigo mesmo é o tempo, mas essa luta vai ter que resistir por esse ano.Tenho que passar no vestibular (essa é prioridade, mas quero muito fazer meus longas)


Em falar em vestibular, conheci mais duas pessoas aqui q querem Jornalismo, Eduarda e Rodrigo.


São pessoas maravilhosas!


To adorando tudo aqui!


Aguardem novidades!


Abraços!
.
.*

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Moral, educação e bons modos - a postura social mudou!*


"Sou ignorante e daí?"- é o que eu responto quando estou em um péssimo estado psíquico, quando estou estressado com alguma coisa, quando estou explodindo de dor de cabeça; aliás, quem não sofre disso? Somos todos ignorantes, mal-educados vivendo nas mazelas de um mundo virtual onde os bons modos e a descência deixam de transparecer e se ilustram em cores, sons, sem ar pessoal de intimidade.

Pavoroso seria se todos se cumprimentassem gentilmente; aí sim teríamos uma coberta falsidade, pessoas se olhando e se esfaquiando pelas costas. Pessoas falando mal uma das outras. Sou a favor do: conte a verdade, machuque-o.

A verdade dói , mas essa dor deve significar um : Vá em frente, retire esse estereótipo e rompa essas barreiras existenciais.

Quanto à falta de educação...sinto informar, mas está em moda, é atual. Onde eles estão? eu também não sei, mas agora falar mal das pessoas e não ter moral ficou chique, natural.É bom. Como disse, as pessoas que falam a verdade, nada mais que a verdade, devem receber um mérito, mérito de vergonha na cara, de pessoa realmente de caráter.
As melhores pessoas da sociedade hoje em dia não são assim e por isso são vangloriadas, pois suportam as pessoas falarem nos seus ouvidos sem dizer: opa! vamos parar por aí?Sua voz já está me enjuando...até logo!
Em vez disso preferem colecionar "amigos", ter fãs, ter quantidade do que qualidade.

Taí uma dica: Quer sem bem sucedido na sociedade? Ter amigos influentes? Se bajulado e elogiado? Pois então ouça todos, elogie todos, não fale uma palavra de baixo calão, não ofenda ninguém, não fique estressado perto de ninguém, vá a festas e saia cedo, mantenha a imagem, seja um psicólogo emocional e tente entender todo mundo que chega perto de você contando um problema e etc.
Se conseguir, parabéns!
Se não conseguir, tudo bem! Você só provou que você é uma pessoa mal educada, ignorante, sem moral e, portanto, está na moda!

Up*
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terça-feira, 20 de maio de 2008

Ares Literários


Sei que estou um pouco afastado do blog, mas por motivos breves e salubres estou de volta.


Estive, à pouco tempo, estudando na biblioteca da minha cidade, lugar que por sinal é muito tranquilo e onde eu posso estudar com calma, e notei que lá, há pessoas que não merecem estar a beira de um precipício que é a falta de um bom guia bibliotecário. Há centenas de livros naquele lugar e há crianças que se interessam por aquilo.


Conheci, hoje mesmo, um rapaizinho chamado Marcelo, está na quarta série e estava lá para conhecer, ler e estudar sobre a história do município. As atendentes, em especial uma, quase que expulsou o garoto da biblioteca pois já estava na hora de fechar - dizia a moça. Obs.: a biblioteca fecha às 5:00h e ela disse isso pro menino umas 4:30.


Meia hora é tempo suficiente para se conhecer, ler uma curiosidade relevante, fazer uma anotação rápida, enfim, dá tempo pra respirar.

Minh indignação não parte apenas do ponto de ética, mas do ponto literário. A sociedade desconhece essas crianças que ainda se mostram interessadas e as dão um chute nas nádegas quando, inoscentes, vêm em busca de conhecimento e saber.

Com a educação, que se encontra precária, é difícil encontrar pessoas e, principalmente crianças, que se interessem por arte, música e livros.


Gostei tanto desse garoto que o chamei para participar de um projeto que estou a desenvolver. Ainda é básico, mas conhecê-lo pode, futuramente, me trazer grandes esperanças.Espero que eu seja selecionado no concurso e meu projeto possa ser desenvolvido.


Ainda quanto à biblioteca, devo dizer que é uma calúnia aos alunos e aos cidadãos em geral. Essas pessoas devem procurar esses "guias", encher o saco deles, pois é para isso que ganham no final do mês: para instruir e trocar idéias, oferecer livros de apoio, enfim, deixá-lo guiar-se pela literatura, pela gramática, pela física ou utro fim educacional.

Continuo a estudar na biblioteca, observando atentamente a essas cabecinhas que surgem brilhantes e que, como diamantes, precisam ser lapidadas.


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Não corrigi esse texto, portanto, não liguem se encontrarem erros de gramática ou de acentuação. Estou com o tempo contado, estudando muito.

Bjão!

terça-feira, 29 de abril de 2008

Motivado pelas ambições materiais e profissionais

Estou muito feliz! Nada de crônicas tristes nem de meus desabafos com palavrões de "baixo calão", hoje posto a favor da felicidade. Do bom humor. Tudo isso porque finalmente ouvi claramente de meus pais a mensagem positiva de minha saída de casa.´
Podem achar que sou doido, mas isso significa muito pra mim. Até então estudava com motivações pequenas, porém ambições quilométricas. Sonho muito - e quem não sonha?- mas poder ouvir que vou poder sair de casa e estudar - quem sabe? - numa das melhores universidades de Jornalismo do país é fabuloso. Isso me deixou muito entusiasmado, isso está me estimulando a estudar mais a ler, estou fantasticamente feliz, redondamente alegre em saber que, se passar no vestibular e ser aprovado pela faculdade, vou poder sair da rústica e simples cidade do interior do Espírito Santo - não que eu não goste da minha cidade, na verdade eu a amo, mas não vejo outra escolha - e globalizar mes conhecimentos, encarar uma nova onde de estudos, de uma nova perspectiva de vida, colocar meus velhos sonhos e desejos em prática.
Preciso, antes de fcar tão feliz, me preparar emocionalmente e educacionalmente. Devo estudar muuito e me preparar para viver longe de meus pais, na verdade acho que eles é que deveriam se preparar mais, afinal sou filho único. Isos é que me intrigrava: saber que, talvez, eles pudessem limitar meus sonhos por só terem um filho. Achei que não deixariam eu ir. Mas tudo ocorreu bem, minha mãe - minha inseparável- deve se acostumar. Há dias em que me afasto um pouco dos meus pais, quero me preparar pro pior.
Por outro lado penso nas minhas oportunidades na cidade grande, penso em estudar muito, me profissionalizar e...indesejavelmente, aprender aquela matéria que quase me fez ficar de recuperação ano passado: inglês. Um bom jornalista deve saber inglês, não é opcional. Se você sabe pode ser jornalista, se não sabe vai viver daquelas misérias recebidas por pessoas que falam, mal mal um português.
Deix claro pra mim mesmo que minha prioridade é passar, com o máximo de pontos, no vestibular, ir morar fora, ter um apartamento, arrumar meu próprio corredor, organizar meus próprios discos, minhas tecnologias e por em prática meu sonho. Meu lema agora é: estudar, ler, dormir, comer - quando der tempo - estudar, ler, estudar, dormir, estudar, não-dormir-estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, estudar, e... estudar!
Quanto à solidão de meus pais acho que há uma saída: uma adoção de um pimpolho, ou então, chamar o Lucas - meu quase irmão - filho de uma antiga empregada que hoje, mora no nosso sítio.

segunda-feira, 21 de abril de 2008


Não sei por que motivos existem pessoas que insistem em nos pisar e nos sugar aquilo que mantêm nossa paciência. Ter um amigo concorrente é a pior coisa que existe. Possuo um amigo o qual admiro bastante, porém ele sonha demais - nada contra porque eu também sou um eterno sonhador- só que, de certa forma, ele vem dizendo coisas que não vem me agradando. Ele é uma pessoa maravilhosa e querida por todos, mas está fugindo de sua personalidade para tentar me convencer de que não é isso que quero, de que a carreira que escolhi não condiz com aquilo que sou. Como em váris postagens sempre digo que o que vale mais é aquilo que sentimos. Se fazemos nossa auto-julgação é porque nos conhecemos o bastante. Tá certo que existem pessoas que não se conhecem e vão pela lábia dos outros, pero no soy assi.
Sinto muito por ver nele aquela imagem que nunca quiz carregar do meu lado. Porém devo crescer em meus atos e ações e encarar tudo isso como uma corrida, tentei me esquivar o possível, mas percebi que chegou o momento de me preparar para essa emocionante aventura que é a busca pela tão sonhada aprovação no vestibular.
Busco muito isso e estou me esforçando ao máximo. Busco aquilo que me faça feliz, aquilo com que eu me compreenda, e me entenda e me faça sentir alegre a cada diz de estudo ou de trabalho.
Sei muito bem o que eu quero e nã preciso de ninguém vir me dizendo, ditando regras e dizendo que sou inferior. Já superei grandes crises na minha vida e mesmo tendo 16 anos, já superei barras pesadas como a dor de perder o melhor amigo no auge de meus 15 anos. Não vejo alegria em meus olhos a não ser quando estou na frente de uma tela (de preferencia compacta) de computador escrevendo, desconfigurando imagens, formando outras, fotografando, mexendo com sensações, aromas, sabores e desabores, criando fórmulas próprias de ucesso não só exterior mais, principalmente interior.Pra mim, antes do sucesso exterior devo me conhecer e me achar um sucesso. Nenhuma celebridade ou uma pessoa bem sucedida qualquer conquistou esse status pelo sucesso exterior ou tão somente pelo rosto bonito e hostil. Claro, isso ajuda consideravelmente, mas o sucesso deve vim de dentro. Tendo compreensão interior a pessoa consegue ficar mais bonita, mais ágil, mais alerta, independente e prudente em seus atos.Consegue ter mil facetas, mil lados, segredos que só nós sabemos, fórmulas fantásticas enfim, uma gama de coisas.
Termino com uma dica ótima de filme. Uma trilha sonora espetacular e uma interpretação belíssima de Catherine Zeta-Jones.Sem reservas.
Um beijo grande pra todos!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Não me entende? Problema seu!

O título pode parecer provocativo, mas é exatamente isso que queria. Foi a frase perfeita, foi esse verso que definiu uma situação meio desconfortável que me ocorreu dias anteriores. Já estava "P" da vida com as - diga-se de passagem - baixíssimas notas de redação. Que raiva! Ano passado eu era o melhor da minha turma e não me canso de dizer, pois batalhei pra descbrir que eu era apaixonado pelas palavras e não sabia direito desenvolver.Acontece, que dia desses uma pessoa falou algo comigo que me deixou confuso, abalado, indignado e 'provocativo': "eu leio, leio e não consigo entender.O da fulana eu leio e entendo super bem, mas a sua é cheia de palavras difíceis e eu não entendo nada entende? "
Só o fato de ter me comparado com 'fulano' já era o bastante. Mas dizer que não dá para entender meu texto é estapafúrdio! Minha vontade foi de me puxar os cabelos, afinal : o que escrevi de errado?Evidentemente nada. Mas para algumas pessoas um texto argumentativo cheio de rococós, piruetas e manobras arriscadas (que faz meu gênero) é uma estrada cheia de buracos. Me bateu, depois, um absurdo arrependimento em não dizer certas coisas naquele dado momento. O que consegui dizer foi um mero: "Ah, eu acho que meu texto está bom, e dá para entender super bem". ( depois eu digo como essa frase foi dita na hora certa e englobou tudo o que queria).
Na verdade, depois pensando com calma, o que queria era dizer: "Se meus textos fossem incompreensíveis eu não teria ganhado premio algum em 2007". Momento de silêncio. Muita tristeza, ia causar uma sensação estranha, embora que nunca eu ia pensar nesse verso naquele dado momento e nunca ia conseguir dizer com firmeza, já que, em momentos como esse, fico nervoso e vermelho.
Só quero deixar claro que adorei ter dito aquela primeira frase. Depois pensei com calma e foi até uma atitude gloriosa. Antigamente, recebia críticas e me afogava num vale de lágrimas. Pelo menos disse alguma coisa, disse, aliás, que meu texto era compreensível aos meus olhos e aos meus sentimentos e, sinto muito aos que pensam ao contrário, mas pra mim isso é que importa.
Um escritor, acima de tudo, deve se cmpreender, e eu faço isso com muita honra. Aborrece-me saber que uma pessoa leria esse post e não entenderia nada.
A alma de escritor é difrente. A alma de cada indivíduo é diferente uma das outras e é isso que faz a colcha de retalhos que é esse imensurável país. Essa amazônia de pessoas selvagens, famintas e atletas que correm pro nada, em direção ao nada e pensando em horizontes obscuros e sem vida.
Termino com uma espetacular frase de Carl Gustav Jung:
"Tudo o que nos irrita nos outros pode nos levar a uma compreensão sobre nós mesmos."

http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM815969-7822-CONHECA+OS+BASTIDORES+DO+JORNAL+NACIONAL,00.html

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Noite fashion

Tá tudo corrido, mas deu tempo de postar essa foto do desfile da minha amiga de infância, de adolescência e de tudo!Adoro-te!

No evento encontramos nossa amiga de sala: Gabi. Só ela sabe como foi legal encontrá-la justo naquele dia!

Valeu também Gabi! Parabéns Lara!

Na sequência : Eu, Lara, Gabi e sua irmã.

sábado, 12 de abril de 2008

Blá Blá Blá



Hoje voltei de uma festa onde pude perceber que minha quantidade de amigos vem diminuindo severamente. Talvez seja o contato que vem diminuindo em demasiada aceleração. às vezes sinto falta, sim, de uma (ou várias) pessoas que me apoiem e que andem comigo. Quantos amigos tive, quantos companheiros de sala, quanta farra. Isso me faz lembrar dos tempos de infância e adolescência que não vão sair da minha cabeça jamais, a menos que apaguem a memória que há no meu cérebro.


Lembro de cada um de meus professores, de cada (ou quase todos) aluno que convivi. Antigamente salas tinham aproximadamente 40 alunos. Na minha atual sala há 100 ou mais. Crescimento demográfico? Busca pelo sucesso no vestibular?As duas coisas.


Tive muitos amigos que hoje já tem filhos e muita gente não acredita quando eu falo. Sou eclético e possuo amigos de várias classes sociais. Achava que seria difícil isso, mas tá me fortalecendo muito mais. Hoje escrevo sobre assuntos e posso ver e ouvir reaçoes de pessoas pertencentes a grupos difrentes. Isso é fantástico e isso aconteceu por acaso. Quero reforçar a idéia de que ando meio afastado de muitos amigos por falta de tempo, mas pretendo rever todos antes que o calor da amizade esfrie.


Nesses últimos meses tomei decisões importantes e que me fizeram acreditar que já estou grandinho o bastante para tomar minhas próprias decisões. Possuo inteligência suficiente pra saber que quero muuito cursar Jornalismo, que quero muito estudar cinema, que quero muito fugir de um mundo que às vezes criamos na nossa mente, que quero muito me afastar de pequenos grupos que vivem de blá blá, que quero muuito me relacionar com pessoas inteligentes e dispostas a encarar essa estrada que todos, impreterivelmente, chamam de vida.

Obs.: Fotinha tirada na entrada convento da Penha em Vila Velha - ES. Março/Abril 2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

O conhecimento limita a liberdade e a arte

Tenho pensado seriamente sobre as questões que me fizeram cair degraus enormes na classificação do simulado - É o primeiro! - disseram alguns amigos mais chegados. - Não, não é o primeiro, já fiz vários na minha vida toda! - respondi.

Essas coisas acontecem mesmo, estou em escola nova e tenho que ter um olhar mais 'canibal', como diria minha professora de literatura, para aqueles que são meus 'concorrentes'. na verdade são poucos mas eu quero me surpreender e avançar mesmo naqueles em que a área é 'mais concorrida' do que a minha.

Choros de um lado e experiência crítica de outro. Estou quase me entregando aquele ditado que diz que o conhecimento limita a arte. Não estou mais me deixando levar por coisas boas que antigamente me faziam bem e deixavam a minha arte fluir.
Bom, não tenho muito tempo, depois continuo meu post. tenho estudado muito. Quero recuperar o tempo perdido!


Até breve!

sábado, 29 de março de 2008

Buscando o solo perfeito

Ainda abalado com a nota (diga-se de passagem péssima, mesmo estando na média) da redação corrigida na escola tentei me recuperar e pensar bem no que quero e no que tenho real talento. Gosto, amo, adoro escrever, mexer com idéias, sentimentos e saber lidar com razões, com as questões do mundo, enfim. Mas eu tenho quase certeza de que jornalismo não é lá minha praia. Sigo o estilo Verissimo de ser, não ligo muito pra gramática (embora saiba muito e não havendo erros ligados á ela na redação).
Já escrevi extensos livros, morro de paixão por eles. Quando os escrevi ( quando tinha tempo, aliás, me falta muito) tinha a completa sensação de que o que queria era isso e pronto: JORNALISMO.Porém, a mídia me encanta, a tecnologia me faz ficar horas a fio sobre um computador e sou completamente apaixonado em criar, sair do papel e fazer tudo aquilo sair de uma folha e se transformar num magnífico espetáculo. Sim, adoro produção, adoro arte, adoro escrever, adoro filmar. Quero cinema!
A decisão parecia ser prática, cinema engloba tudo o que gosto e penso. Tá certo que não tinha a mesma convicção que antes (quando queria jornalismo), mas o que importa? Posso escrever muito bem enquanto cursar cinema. Nunca deixarei de escrever minhas idéias que, mesmo ditas como 'confusas' por qualquer professor barato, não deixam de ser aquilo o que realmente penso e exigo de uma sociedade e de mim mesmo. Gramática? Adeus!


Posso tentar Jornalismo na UFES, aliás não posso deixar de tentar uma faculdade no ES, mas meu foco está na Uff, Cinema. Faesa em último caso: RTV>.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Rumo

Quanto à ele, sinto em dizer, mas é incerto. Posso ser incompreendido nas idéias por muitos, mas o importante é que eu me entendo e isso é que importa. A quantidade de amigos que possuo é suficiente para saber que meus conceitos não estão errados. Por variadas vezes sempre digo: prefiro olhar, admirar, ou simplesmente criticar (mesmo que seja com os olhos). O olhar diz muita coisa e pode ser muito mais intelectual que um livro com diversas palavras abstratas, soltas, sem rumo. É referente a esse rumo que digo. Sim, há os rumos da vida, que querendo ou não, um dia teremos que tomar, mas digo desse rumo de idéias, dessas controvérsias entre o certo pra mim e o certo pra fulano. Não me importo que os outros me chamem de doido ou simplesmente retartado por preferir ficar em casa num sábado apreciando um Carlos Drummond de Andrade do que ir a uma festa dita imperdível.
Alguns lugares pra mim não tem rumo, ou melhor, tem sim. Muitos acabam por estragar aquilo há de mais precioso e o rumo tido como certo é jogado num rio tietê.Muitas vezes nos levamos pelo racocínio incertoe duvidoso do amigo. Muitos rumos nos atraem, mas só um está no nosso destino. Não acredito nessa coisa de 'vida predestinada', mas acredito que ela depende de tudo o que a gente faz e quer. De onde viemos - não vale 'do ventre de nossa mãe' - e para onde vamos - tbm não vale o caixão, ou o inferno, por exemplo-?.
A humanidade caminha 'com passos de formiga e sem vontade' já dizia Lulu Santos. A humanidade caminha sem rumo. Nas ruas pessoas correm apressadas para o nada. As coisas não vão desaparecer. O que vai realmente sumir são nossas expectativas de vida, nossos planos e projetos se não escolhermos ou simplesmente encararmos um rumo. No dicionário o rumo é:Cada uma das direções marcadas na rosa-dos-ventos. Caminho, direção.Portanto, já está mais do que na hora de escolher uma direção, ou criar. Eu já crio expectativas e medos, ansiedades e até mesmos crises de depressão quanto ao rumo que, como disse é incerto. O ditado diz que devem haver muitas pedras nesse caminho e que devem ser superadas. Eu penso o mesmo e mais ainda: Existem pedras que saem do lugar, nos perseguem, criam vida e só serão sanadas se a tratarmos com um carinho especial. Sim, um carinho fora do normal. Eventualmente pedras são situações ou pessoas que vieram de um mundo muito quente que eu prefiro nem comentar aqui, mas é preciso tratar tudo com humildade. No final nos orgulharemos de termos criado nosso próprio rumo, traçado nossas próprias linhas e derrubado estereótipos quanto às divergentes idéias existentes no mundo.
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Termino com uma frase expetacular de Alexis de Tocqueville
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"Mais que as idéias, são os interesses que separam as pessoas."

domingo, 23 de março de 2008

Bagagem

Quando vemos que a partida pro futuro se aproxima, nossa mente se encarrega de fazer um compacto com as melhores imagens que se passaram em nossa vida. Quanta coisa, a primeira foto, o primeiro beijo, o primeiro presente, a festa inesquecível, o "rock" imperdível, os amigos, a família, os pais, nosso quarto, nossa cidade, quanta coisa! Quanta memória pra guardar tantas imagens inesquecíveis!

Algumas indecisões e medo fazem parte dessa fase, alguns podem tentar pentear isso e dizer que se superam, conclusão: são fortes por fora, mas fracos por dentro. Sair de casa, não é simplesmente reunir as suas coisas, pegar um ônibus ou um carro e partir, significa sair do berço, do lar, do local onde, desde criança fomos mimados e acostumados.



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Já me indgnei muito com o tempo, mas hoje vejo que ele não tem culpa alguma, está fazendo sua parte esperando que fassamos a nossa perfeitamente."A vida passa de pressa", alguns podem dizer, assim como minha avó que repete isso sempre que lembra de um aniversário de um neto, inclusive o meu. Não é, necessáriamente a vida que passa de pressa, nem tam pouco o tempo, mas nós nos aceleamos cada dia, como se o mundo tivesse data pra acabar, vivemos dentro de uma partida de corrida e a globalização faz parte disso, muita informação, muita carga, muitas novidades enfim.

Quando juntamos nossas coisas, seja para ir a um breve passeio num litoral carioca, ou até mesmo uma viagem muito longa, muitas coisas se passam na cabeça. Sair de casa significa abrir mão de tudo aquilo que conivíamos até então. Eu, pelo menos, morro de medo da solidão, do ar de 'liberdade total', penso na família, nos momentos em que acordava com febre com mamãe do lado com remédio. Mas aí pensamos que é insano conviver com isso pra sempre, que é injusto ficarmos na saia da mamãe até nossa aurea idade. É necessário expandir nossos conceitos e simplesmente fugir. Não é fácil, mas necessário para quem quer subir na vida sem usar a família ou o próprio dinhiro da mesma como degrau.

Na bagagem levamos tudo, inclusive as raivas, rancores e rivais endiabrados, levamos carinho, suspiro e o gosto do último beijo. Levamos esferas multicoloridas, fotos muitinterativas que nossos olhos são capazes de captar e arquivar no nosso cérebro. Levamos o sorriso de infância, a humildade e os conceitos e bases da família. Na verdade, levamos também fotos impressas. Sim, elas nos farão chorar por longos minutos. Levamos, principalmente, o calor efêmero por que passamos quando estamos absurdamente felizes e tão tolos que nem lembramos naquilo que chamam de 'futuro'.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Meu cinismo

Parece coisa de maluco tudo que vou escrever, mas é tudo que sinto. Ultimamnte tenho me reparado (isso faz bem, eu garanto) e o que tenho visto são uma total incompreensão do mundo. Tenho sido muitas vezes um julgador e um julgado. Tenho reparado coisas ao meu redor e vendo como eu me chateio com uma coisa qualquer. Quando não sou bem tratado numa loja (concordem ou não, mas isso é horrível), ou quando alguém me ignora, diz algo, mesmo que seja de brincadeira aquilo fica guardado na minha mente. Um olhar pode dizer tudo e às vezes isso pode ser revelador. Outro dia, numa padaria a mulher disse assim: "fala logo o que vai querer menino". Porra, me deu uma vontade louca de mandar a mulher para o quinto dos infernos, mandá-la prum lugar bem longe. Sinto vontade de matar certas pessoas ( todo mundo já teve essa vontade). O que me deixou encucado não foram as palavras, mas sim a cara que ela fazia, parecia não querer ganhar dinheiro e, principal, me arrependo amargamente de não ter comunicado ao responsável do estabelecimento a maneira como ela me tratou. "Menino", vê se alguém ia atender assim? Se bem que meu professor de história vive dizendo...menino menino...
Mas isso não incomoda, ele quer ensinar, é sua cina, ele quer prender a atenção e isso eu vejo em seus olhos. O problema todo está no seguinte: depois disso eu não consigo esquecer. Não consigo esquecer a mulher da padaria nem nin´guém que tenha me respondido de forma ignorante. Aquilo fica na minha cabeça por, pelo menos, uma semana. É por isso que as vezes sou calado, prefiro não falar pra não recebr respostas tão absurdas e que me deixem uma semana em depressão. São coisas assim, corriqueiras do dia-a-dia que me deixa atônito e querendo matar um ou outro. Meu, eles não deviam existir. Bando de ncompetendes, insatisfeitos com a vida!

terça-feira, 18 de março de 2008

Só pra agradar.

Não posso começar a falar sem antes deixar a minha indignação com aquelas pessoas que não conseguem dizer a verdade e se cobrem com uma máscara, um véu nojento que não deixa as verdadeiro pensamento transparecer.
Comecei a mostrar minha indignação, mas é assim que eu me sinto. Sou a favor do: "A faça triste, mas diga a verdade". As vezes a verdade doi muito, mas a dor não será inevitada. É preciso encarar a verdade, seja ela a mais cruel possível.
As vezes é difícil, mas...Bom, melhor eu parar de falar, não gosto de mostrar aquilo que penso de um olhar meio pscicológico, sociológico, afina, nem formado eu sou. Analiso, apenas, porque sou muito observador. Mudar de assunto: han,,,,vamos ver...Ah! Televisão>... essa ferramenta tão grandiosa e abrangente. Faz tempo que não paro em sua frente, não assisto Altas Horas a um tempão. Tô dormindo muito cedo, o sono tem me pegado. Outro dia minha Veja tava babada. Acabei dormindo em cima dela. Qe horrorrr! - alguns diriam. Minha vida tá louca demais. É muita carga! - como diz uma amiga. Primeiro que, nem to dando conta de ler minha caixa de mensagens, ajeitar meu quarto e me entregar pra outras coisas que gosto, como, por exemplo, a organização do casamento de 60 anos dos meus avós. Não imaginaria que este ano as coisas tomassem essas proporções. Não tenho tempo pra ir na rua, fotografar, quissá escrever (uma das maravilhas do mundo). Acordar cedo, dormir cedo. Estudar de manhã, revisar a tarde. Até comer direito não como mais. Quem me conhecia sabe que eu, na minha antiga escola, me empanturrava de comer, na esperança de engordar (nunca consegui sair dos 55). A verdade é que a mensagem é essa: nunca diga nada só pra agradar. Quer elogiar? Elogie, mas não estravase, não deixe comentários vagos, sensações de vazio, de uma falta de vírgula, sem um ponto final.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Hoje, cheguei da escola e conclui: tenho estudado muito pouco.Quero, aliás, devo, estudar muito mais do que venho estudado ao longo da semana. Tenho que ler mais. Pronto, motivo suficiente para mais uma escala consumista: a compra de um livro, um não dois, quissá três. Levei o livro de não-ficção mais vendido ultimamente: 1808. Fala da chegada da família real Portuguesa a colônia Brasil. Comprei também um outro livro ligado ao mesmo tema de Eduardo Bueno. Espero ter tempo pra ler os dois, ando meio carregado de matérias, e devo confessar, que ando dando pouca importância à elas. Devo confessar também que ando cada vez mais disperso, pensamentos vagos, ao mesmo tempo que pensamentos complexos e sem nexo algum. Faz um tempão que nã vou a igreja, será isso?Será que estou virando um doido, quissá um ateu, ou então um péssimo estudante? Dúvidas frequentes.
Isso acontece, principalmente nessa fase da vida. Eu, por enquanto me divido em cinema e/ou jornalismo - minhas duas paixões. Em breve postarei mais sobre essas peças de arte na minha vida. O que ando pensando de ambas e planos para o futuro. Como disse no início, tenho estudado pouco, lendo pouco. Portanto não devo perder tempo aqui, mesmo que esse tempo seja bem utilizado para rever meus conceitos.Ateu nunca! Péssimo estudante? Jamais. Dúvidas? Sempre.

domingo, 16 de março de 2008

Pra que se esconder?

Por que, que em determinadas situações, nos expressamos tão mal? Por que somos tão 'bananas', por que somos tão bobos e idiotas em não falar aquilo que pensamos, aquilo que nos é lei, aquilo que nos é verdadeiro, honesto que vai com os nossos princípios éticos e morais.
Devemo-nos encher de total superação e dizer tudo que pensamos - sim, é difícil, eu confesso, eu mesmo já deixei de falar muitas coisas que podiam ser faladas. O que falta é coraem! - já dizia Preta Gil e um de seus sucessos. O que falta é arriscar sem ter medo de enfrentar. O que não pode acontecer é assumirmos uma posição contrária ao que pensamos só para fugir de discussões ou futuras dores de cabeça. Que tenhamos dores intermináveis de cabeça, mas que dizemos a verdade, a mais estranha e burra verdade. Aquela rasgada que, quando dita, desperta olhares, flashs, confusão, intriga, saliências, críticas, sugestões alheis e uma finidade de coisas.
É preciso, muito mais do que estravasar, pensar, agir de maneira correta, sem é claro, perder seus princípios e a moral. Vamos nos encher de orgulho e batalhar por aquilo que consideramos verdadeiro. Provas? Se não tiver, não tem problema. Se sua consciência estiver leve nenhuma outra pessoa te deixará pra baixo. Vamos nos reerguer, ser felizes e encarar a vida como uma sucessão de desafios e, para cada um deles, é necessário coragem para enfrentar todo o tipo de caminho. Não vamos nos cegar ou então fechar os olhos para aquilo que é nitidamente vísível, não vamos disfarçar, deixar de lado, orar. E mesmo se a timidez falar mais alto, lute-a, vença-a, e ame-a, pois ela é um traço na sua personalidade. Você pode até querer, mas nunca conseguirá tirá-la de você.