segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Vamos fugir?


Às vezes eu fico me perguntando por que pessoas entram na nossa vida ou no nosso pensamento sem pedir licença. Às vezes com pressa. Entram eufóricas, calmas, nervosas, entram com medo, com dor. Passo a me acostumar com elas, com seus gritos exigentes de amor, por seus sonhos e desejos.
Fico imaginando mundos, lugares e paisagens onde eu pudesse repousar todas os meus “eus”. Fico imaginando bandos aos bandos pedindo Amor! Fico imaginando música, toques, poesia, notas soltas e vazias. Fico desejando nós!Fujo em busca daquela poesia não lida, daquela poetisa perdida, dos sonhos da minha vida.Fujo em busca um lugar, pra amar.Fujo em busca de uma ilusão, uma escuridão...nem um outro lugar está tão negro como meu coração.Queria criar asas, realizar meus desejos e voar, voar, voar!Buscar aqueles beijos perdidos, aqueles sonhos iludidos e gritar. Gritar contra o vento, mesmo sabendo que será em vão.Esquecer do tempo e deixar curar as feridas do meu coração.
Queria tanto esquecer de mim, esquecer de tudo e viajar para um lugar frio, tranqüilo e fugir, escrever palavras vãs, versos mudos em linhas tortas, esquecer da gramática, escrever e esperar...esquecer desse furacão, dessa fogueira em chamas, esse brasão que tantos chamam de coração
Aquela luz que me faz apaixonar e que, às vezes, me cega, emana de um par de olhos, esses olhos tímidos e poéticos...esses olhos pequenos que parecem não dizer nada, mesmo querendo dizer muito.Olhos ilegais, escondidos entre palavras.Olhos quentes clamando por uma chuva salgada que banhe todo o rosto. Lágrimas frias que lavem a alma e tirem a escura mentira que nos cobre e nos engana.Olhos vivos, vivos olhos, olhos nos olhos.
Meus olhos, meus ossos...estão tortos, estão mortos.Meu coração está em carne viva, vermelho, sangrando, procurando aquele amor, que trazia dor, procurando aqueles olhos que traziam a luz necessária pra viver, ser feliz sem me aborrecer.
Meus olhos estão cansados, meu corpo, meu rosto...
Busco coisas irreais, penso em desistir.
Tudo parece o oposto!
A estrada parece longa. Será que devo partir?
Um tempo.
Minutos...
Segundos
(...)
Acordo com medo
Mas preciso ter coragem
Eu tive um pesadelo
Foi tudo uma bobagem (ou não)
Meus sonhos, meus medos e minhas angústias...
...veladas encontram a solidão
Eu grito, conto segredos, sem medo.
Eu choro, me aborreço, cresço. Encontro anjos, demônios, fogo e água, céu e mar.
Meu maior medo, porém, é esquecer de te amar.
Vamos voar?
Te amo!

Um comentário:

Anônimo disse...

simplesmente SEM PALAVRAS!
Se minhas lágrimas estivessem aqui, eu choraria!
Amigo, vc sabe q isso arranca de dentro do seu coração td que vc tem atravessado aí dentro. Por isso, continue arrumando as letras no papel e cuidando do seu paladar lírico...pois vc não será apenas poeta!
ps: mas sem bombons tá! olhaa a glicose! rsrrsrs
bjuuu