domingo, 8 de março de 2009

Pra cima!'

Bom, Há tempos não escrevo. Já andam me cobrando, perguntando se esqueci do meu prazer, se estou perdendo a criatividade. Que absurdo! Ninguém precisa ser criativo para escrever um texto! Talvez precisemos de um pouco sim, admito. Mas dizer certas verdades e pensamentos nem sempre necessitam obrigatoriamente de uma criatividade miraculosa!’
Passou carnaval, escola.. estudos outra vez. E eu aqui, nessa página de blog deprimente, escrevendo minhas mazelas e fazendo delas as minhas fontes de inspiração.
Tenho notado as minhas fraquezas, notado aquilo que, querendo ou não, estão me prejudicando. Digo ‘prejudicando’, não no seu total e generalizado sentido. São coisas que me deixa feliz, que me eleva, me deixa com um baita sorriso no rosto, mas que, de certa forma, se torna algo que impede que seu objetivo central seja alcançado mais rápido.
Eu amo escrever, amo ler, gosto bastante de estudar. Mas, ao mesmo tempo, gosto de produzir, trabalhar, mexer com arte e seus desdobramentos!
O fato é que mil coisas andam acontecendo. E todas essas ‘mil coisas’ são ótimas, me deixam pra cima! Mas como já disse, devo abrir mão de algumas coisas.
De vez em quando tenho umas vontades insanas, uns desejos bobos, umas maluquices que são só minhas... mas repenso e vejo que estão todas antecipadas, mal postas, mal reguladas... enfim!
Vontade imensa de sumir. Ter uma casa na árvore, numa floresta não especificada. Sumir em galhos, passar ali uma noite fria. [*]

“E o meu coração chorava, minha alma clamava por alguém, que me fizesse fazer viver” – Rosa de Saron.

Vontade de conversar, pelo menos ter contato direto ou indireto com as plantas, com o verde, senti-los e admira-los...Vontade de abraçar. Sentir um vento bom, sem melancolia passando pela janela. Vontade de fugir. Entendendo que sou um ser especial pra mim mesmo e que eu não preciso ser exemplo pra ninguém. Fugir dessa sombra terrível, desse monstro misterioso que corre atrás de mim sem se explicar e sem deixar claro o que quer de mim.
Queria subir numa pedra bem alta, numa montanha onde eu só veria verde, mais verde, verde, verde! Veria umas nuvens com os olhos cheios de lágrimas, prontas para derramarem água santa em tudo! Prontas para lavarem nossa alma. Que vontade de estar numa serra gaúcha... Respirando ar dos pampas sem lembrar que existem problemas, sem lembrar que existe família (sim, às vezes até da família precisamos esquecer!), esquecer de tudo! Lembrar apenas de mim! Relembrar meus momentos particulares, minhas vontades absurdas, lindas. Desejar meu melhor futuro, esquecer das revistas, dos jornais e pensar que só existe eu ali. Eu e mais mil, milhões de seres que são bem vindos quando não me fazem mal. Pensar que aquele mundo foi feito só pra mim, só pra você. Fazer aquilo tudo se tornar o meu infinito particular. O meu mundo. Isso pode parecer um comentário ou um desejo meio/muito cosmopolita, mas não ligo não. Acho que, às vezes ou quase sempre, precisamos pensar assim. De modo a nos elevar um pouco. Fazer nosso ego crescer dentro de nós mesmos.

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