terça-feira, 17 de março de 2009

"Aquela"...

...e eu estava quieto, mudo, lembrando de imagens, fotos, momentos presentes, passados, lembrando de diálogos, carícias, idas e vindas que o mundo dá. Me veio na cabeça a imagem dela.
Aquela que sempre me chama pra entrar, mas não aceito
Aquela que sempre quer me ver bem, feliz
Aquela que se preocupa comigo e se preocupa com a minha preocupação por ela.
Aquela que parece ter medo de me ver sofrer
Aquela que transborda alegria quando me vê fazer o que gosto e, ao mesmo tempo chora, quando tudo vai mal.
Aquela que me ouve sem ter muitas razões
Aquela que, às vezes, omite certas coisas, finge estar bem
Aquela que me faz cair tantas vezes e, rir tanto.
Aquela que não gosta de platéia, mas adora ser aplaudida.
Aquela que me surpreende
Aquela que, com ou sem palavras me convidou a fazer uma ‘pontinha’ no filme da vida dela
Aquela que me acorda e pergunta se eu to bem
Aquela que me chama pra dormir, que quase me põe na cama, e quase me dá remédio à força.
Aquela que te uma gargalhada linda.
Aquela que implica com meu nariz fingindo –amá-lo rsrs
Aquela que tenta, tenta, mas um dia vai perceber que é meu maior frasco de remédio.
Aquela que nunca, nunca vai ser um xarope, aquele que a gente faz cara feia pra engolir.
Aquela que me faz crer que o sentimento é possível
Aquela que me entende, corresponde e me chicoteia com seus cílios.
Aquela que pega na minha mão, tenta me ler com os olhos...
Aquela que me ensinou um pouco de etiqueta, me fez esquecer o verde e amadurecer.
Aquela que ouve minhas histórias com empolgação tamanha e me faz acreditar que a minha história, meu passado são realmente contos pro resto da vida, lições...
Aquela que lê meus recados, que lê meus textos, que aprecia sem moderação minhas idéias, põe valor no meu pensamento.
Aquela que chega empolgada, me abraçando, contando novidade.
Aquela que chega triste, mal me respondendo, triste, pra baixo.
Aquela que eu sempre quero ver aqui, comigo, no peito, dentro de mim, guardada num baú que eu guardo perto da cama... ah.. e a cama?
Aquela que acha minha cama ‘gostosa’, que vai embora e deixa um cheiro no meu travesseiro.
Aquela que faz minhas madrugadas mais longas, que me deixa mais feliz.
Aquela que diz que é tarde, que devo dormir.
Aquela que exige, cobra...
Aquela que me faz discar teu número, sem ter assunto.
Aquela que sempre me olhava, olhava, olhava e, quando eu olhava, desviava.
Aquela que, pra sempre, será a primeira a ler meus textos, meus pensamentos bobos, minhas crônicas inacabadas, minhas idéias garranchadas, minhas letras horrendas, meus recados grosseiros.
Aquela que será sempre, pra mim, fonte de pensamento, fonte e fonte de energia que alimenta a parte mais feliz do meu cérebro e me faz jorrar palavras, frases que já não sei onde colocar.
Aquela que ativa meu olhar, que projeta um imenso raio no meu pequeno coração.
Aquela que me deixa com saudades
Aquela que, às vezes, deixa meu coração mais apertado.

Aquela que mora lá, mas mora aqui, ao mesmo tempo.
Aquela que me deixou entrar sem pedir, sem falar.
Aquela que me lê sempre e me deixa louco de vontade de poder lê-la também.
Fico eu aqui, imaginando e só supondo idéias, sentimentos que não se lê, que não se descreve fácil, que ganha páginas e mais páginas e pode se tornar filme.
Aquela, aquela, aquela...
Aquela que sempre esteve aqui e eu não percebi, não falei.
Aquela que nunca quer aparecer na frente da câmera, mas estará sempre no meu visor principal, no meu palco, no meu pequeno teatro mágico real-fictício. Sendo aquela que, desde o principio, foi a personagem que se tornou minha referência, minha fonte criativa, minha menina, minha mulher.

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