quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Nata não é nada!

*obs.: costumo ser muito dramático mesmo. Talvez esse texto tenha saído de um comentário bobo que tenha ouvido, ou de pessoas que desconhecem certos pronomes de tratamento e/ou não tiveram aulas de etiqueta, bom comportamento e educação suficiente em casa.

Pra início de conversa, admito que gosto muito do status. O meu? Vai bem obrigado. O status é legal, é interessante, é rico, ás vezes pobre, mas sempre vai existir e, sempre, cada qual terá o seu, diferente de cada um. Existe status altos, baixos, longos e médios. O importante é que ele existe. Nada mais! Há também aquilo chamado ego, enfim. Há sempre e pessoas que estão aí, na sociedade, sempre servindo de ‘exemplo’ para os outros. Algo a ser seguido, padronizado e que deve, sempre, estar na vitrine das melhores lojas de ‘bom comportamento’.
Essas pessoas vitrinadas (outra palavra que, não existe, mas que passo a adotá-la) freqüentam ‘os melhores lugares’ – isso inclui lugares muito menos acessíveis, restaurantes, praças municipais em dias de movimento, - os melhores eventos – inaugurações, festinhas de escola, desfiles de moda, shows – vão, regularmente à missa e tem uma vida social muito ‘bem comportada’ e tida como ‘exemplo’ pelo restante da população.O povo comenta, insiste em dizer e tomar aquela família, pessoa ou instituição como um exemplo, algo santo, intocado, mas algo que deve ser seguido.
Caretice e burrice pura! Fato de uma sociedade atrasada e característica, incalculável, de uma cidade pequena e de mente atrasada e que insiste (pela burrice e cegueira) ficar estagnada no tempo.
Que sociedade é essa?! Prefiro a minha sociedade, meu mundo. O fato é que, certas coisas vêem acontecendo (isso por causa da minha maior inserção nesse meio de relação social e tal) e me deixando muito pra baixo (não que eu fique 100% em depressão, por que isso já não acontece mais), só que eu fico meio triste e, mais ainda, assustado em ver que, aquela imagem de vidro cristalizada que a sociedade fazia questão de manter viva e sempre ocupando lugar de destaque no nosso pequeno ‘mundo’, não existe. Em saber que, por mais que empeçam, as imagens vão se diluindo, quebrando e deixando cacos como provas de que não há motivo padronizar, não há motivo dar exemplo numa cidade que há pessoas que, simplesmente, não seguem exemplos. Posso estar sendo prepotente e generalizando muita coisa, mas, no geral, é isso que acontece.
Acho que errei no fato de generalizar que a população é burra, pois, existe sim (mesmo que pequena) uma massa de pessoas que, com o pouco que possuem e com o exemplo de vida (esses exemplos sim, eu sigo) demonstram uma inteligência e uma carga de histórias capaz de derrubar qualquer outra imagem feita de açúcar pela sociedade.
Ser e participar da nata da sociedade, dos maiores eventos, ser influente.. tudo balela! Sei que existem pessoas boas e que servem de exemplo para as outras e que (ainda assim) fazem parte da nata da sociedade. Mas, no todo e sendo generalizado (assumo, adoro generalizar) digo, com certeza, que muitas daquelas pessoas estão cobertas por uma fantasia, uma máscara pesada que tem data pra cair e deixar algumas pessoas de queixo, barba e bigode caídos!
Aviso aos navegantes: Sejam todos modestos, admirem imagens, venerem personagens, mas não acreditem em tudo o que ouvir, em tudo o que te contam. Seja persistente e não vacile em ser curioso, vasculhar e, principalmente, perturbar. Só assim, conseguirá, aos poucos, desvendar fantasias, desfazer mistérios, desmentir certas histórias e criar seu próprio conhecimento, sua opinião própria sobre os personagens que o rodeiam.

Um comentário:

Anônimo disse...

Hum.. Primeiro, você não me conhece né, Nathalia, prazer =)
Foi você quem escreveu o texto?
Estou impressionada, sério, muito muito muito bom xD E, sinceramente, concordo sabe.. Você falou umas verdades aí que realmente podem ser generalizadas!

Em fim, parabéns. Adorei o blog!

beijos :*