segunda-feira, 2 de maio de 2011

Alguém aí tem saco para ir à missa?


Ah, como é bom rever os amigos! Principalmente aqueles que a gente gosta de conversar sobre projetos e trabalho. Fui à missa na cidade natal como ritual de cristão-católico que sou, herança de uma família religiosíssima. Mas, definitivamente, a igreja não é o melhor lugar pra eu rezar. Olho para os candelabros do teto, para os quadros da capela, para os vitrais da janela, para a sujeira no canto da porta, para os santos esculpidos do altar, para os insetos que pairam nas flores, mas não consigo ter concentração alguma para ouvir as palavras da missa. Meu Deus! Que pecado! Será? Será pecado demais ter mais paciência de orar recluso? Na cama? Antes de dormir? Será pecado querer sempre bem aos outros (muito mais até do que ferrenhos católicos), porém ter pouca paciência para orar repetitivamente numa igreja lotada?

É sempre assim: em casa, às vezes, há momentos sem inspiração. Mas na missa ou em qualquer outro lugar que seja em que o silêncio é regra básica, pronto! Surgem mil ideias! E o que a gente menos pode fazer nestes locais é se movimentar.

Muito me incomoda ficar parado ou em silêncio por muito tempo. Pensar sem falar e, principalmente, sem escrever é perturbador. Graças a Deus inventaram o celular onde a gente pode escrever os pensamentos e arquivar. Ai de mim sem um rascunho de papel e um lápis escondido no fundo do bolso da calça! Seria refém de uma missa monótona, numa cidade tradicional.

Na missa de ontem encontrei com um amigo. Ele faz Direito no Rio e também havia vindo para a cidade natal durante este feriado. (É este mesmo amigo que gravou comigo aquele vídeo que fiz pro ASD - Aguinaldo Silva Digital (site)). Conversamos sobre tudo na missa, desde política e orçamento de projetos que estamos inscrevendo em editais (sim, dependemos de editais!) até o preço de uma trufa de maracujá da Cacau Show. No final dissemos:

- Deus nos perdoe!

E tenho certeza absoluta que perdoará, pois o Deus (que eu acredito existir) é muito complacente e entende, perfeitamente, as nossas inquietudes. Sabe muito bem que estamos sonhando e pensando o melhor pra nós e para os outros que, como nós, anseiam ser mais do que um ser humano comum nessa terra. Sabe que a amizade e que a união de ideias e projetos podem, sim, fazer a diferença nesse mundo tão excludente e injusto.

Que Deus nos abençoe!

Amém!

2 comentários:

Jussan Silva e Silva disse...

rs....
É claro que a experiência de fé é uma ação individual e cada um deve explorar essa realidade de forma real. É natural, que na correria do mundo, um momento de silêncio ou a tentativa de amenizar o balançar das pernas, seja algo difícil ainda mais para essa geração Y que adora novas ideias! Mas repito: precisamos cultivar a pureza, a tranquilidade e a mansidão que só a fé traz. E só traz pela força de nosso esforço! Por isso, se queres ser bem sucedido na vida e nos planos e projetos, saiba que tudo têm uma razão de ser e a fé deve ter um espaço primordial na nossa existência aqui.
Cultivemos isso!

Anônimo disse...

eu fui a várias missas, aquilo é muito chato, aquele papel com aquelas rezas,que coisa chata !!Acho que quem vai a missas merece recompensa, é chato demais