quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Do papel para a tela

Tenho muito orgulho da minha cidade. Tenho muita satisfação de ter nascido no interior, numa cidade não muito conhecida por muitos brasileiros. Um cantinho de terra, uma vila com poucos mil habitantes. Sou feliz por ter crescido com pessoas maravilhosas num bairro tranqüilo numa cidade inspiradora. Muitas pessoas e muito do que vi e vivi foram fatores primordiais para as minhas escolhas futuras. Ainda hoje não sei o que quero ser e aonde quero chegar. Faço Jornalismo, mas não me vejo como jornalista no futuro. Gosto de cinema, trabalho com isso, me arrisco, ouso. Mas também não quero ser um cineasta. Tenho medo dessa minha inquietude. Ainda é dúvida qual caminho quero seguir, que rumo devo trilhar. Mas assim é a vida.

Mas fico satisfeito quando estabeleço metas e propostas de criação e produção e consigo alcançá-las. Muitas dificuldades e problemas aparecem, mas tudo isso faz parte do desafio. Desafio este que ninguém me obrigou a enfrentar, mas eu mesmo quis me impor, é assim que me conheço, conheço os meus limites, até onde vou e até onde vai a minha paciência e criatividade nesses projetos. É gratificante ter em quê pensar, ter espaço, gente e criatividade para tocar os projetos , idéias e histórias surgidas da minha cabeça numa cidade histórica cheia de casas e fazendas ricas que se tornam pano-de-fundo para os vídeos metragens.

Ver as cenas de “A Herança” saindo do papel foi tão mais emocionante que ver amigos empenhados em ver essa história ganhando vida e cores numa telinha digital simples, mas que comporta muitas idéias e sonhos. Mesmo com poucos recursos conseguimos confeccionar figurinos sofisticados, elementos de cena, cenários de filme. Tudo com muitos suor, tudo com muita luta, tudo com muito amor. Ao final das férias, depois de ter conseguido gravar quase que 90% de todo o filme, soube da premiação de um vídeo meu inscrito no Concurso de Foto e Vídeo promovido pela WWF Brasil, pelo HSBC Climate Partnership e pela Agência Nacional de Águas. Parecia o começo de um tímido reconhecimento que, tenho certeza, irá crescer cada vez mais.

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