sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Projac!

A primeira vez que visitei os estúdios e as cidades cenográficas da Rede Globo, a Central Globo de Produção em Jacarepaguá no Rio de Janeiro foi em meados de 2008, quando fazia a minha primeira oficina de vídeo no canal Futura. Confesso que, na época, havia me inscrito no projeto justamente por causa da visita ao projac: era o meu sonho!

Passados mais 2 anos voltei ao projac novamente acompanhando Mariana, minha namorada que também se inscreveu no projeto Geração Futura (a oficina que citei logo acima). Eu, que já era apaixonado pelo projac, passei a me apaixonar por Televisão, mais precisamente: o fazer televisão. A oficina me trouxe conhecimentos que, na época, foram riquíssimos para o meu crescimento. Hoje em dia, depois de ter feito as duas oficinas ao qual tinha direito (O "Geração Futura Ensino Médio e o "Geração Futura Universidades Parceiras" - uma como estudante do E.M. e outra como universitário) sei que, se eu quiser conhecimentos mais aprofundados sobre a área terei que me especializar em outras oficinas, em outros cursos, talvez, até, em outras graduações.

Em outubro de 2010, acabei juntando a galera da produção do filme "A Herança" (longa-metragem desenvolvido aqui em Muqui, gravado integralmente em câmeras digitais) para uma outra visita ao projac. Me deleitei mais uma vez com os cenários, com o acervo de figurinos! Nunca vou me cansar em passar por lá, admirar as construções, cada detalhe de cena, cada ilha de edição.

Agora, em 2011, fazendo a oficina para universitários, no qual fui representando a Universidade Federal de Ouro Preto, advinhem? Mais uma visita ao projac datada na programação da oficina, além de workshops com profissionais da tv como: Zeca Camargo, Luiz Henrique Rios, Cavi Borges etc.

Abaixo, algumas fotos da visita ao projac em fevereiro 2011. Espero que não seja a última!










terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Geração Futura Universidades Parceiras

Pois é, meus caros, mais um Geração Futura - Oficina de vídeo realizada pelo Canal Futura na Fundação Roberto Marinho no Rio de Janeiro. Dessa vez participei como universitário. Sim, o Canal Futura tem dois tipos de oficina: O Geração Ensino Médio e o Geração Universidades Parceiras, e eu tive a honra de poder participar das duas! Fui representando a UFOP, a universidade federal de Ouro Preto - Minas Gerais.

A diferença entre as duas oficinas é crucial: não apenas no conteúdo explorado pelos ministrantes dos workshops mas pelos participantes. Os universitários são muito mais sizudos. Se acham no direito de fazerem intervenções que, pra mim, soavam como preconceituosas e arrogantes. Mas, enfim, é a vida e o mercado de trabalho está cheio de peças e pessoas assim. Graças a Deus pude passar as duas semanas de oficina tranquilo, pois sabia que, embora tímido, estava bem a frente de muitos ali. Por que? Porque simplesmente enquanto todos preferiam correr pra Lapa numa sexta a noite, beber todas, fumar e festejar não sei o que, eu esperava, ansioso o encontro marcado com Aguinaldo Silva (autor de novelas da Tv Globo).

Nessa temporada no Rio, tive muitas provas de que estou no caminho certo, de que este mesmo caminho é tortuoso e complicado, cheio de remendos e peças importantes, mas que, é claro, temos que passar por todas as experiências. A experiência é ainda mais importante quando se trata do meio jornalístico no qual eu estou vinculado. É muito melhor falar de gente quando se conhece gente, é muito mais fácil falar de desafios quando se conhece muitos deles. Durante essas duas semanas no Rio vi pessoas que, sequer, passam ou passaram por problemas financeiros, e esse é um tipo de "problema" por qual todos deveriam passar. Quando se passa por dificuldade, quando se vence uma luta dá-se mais valor, escreve e cria com mais naturalidade e vivência.

Essas semanas de fevereiro que passeio no Rio ao lado de pessoas interessantes e profissionais ficarão guardadas aqui como experiência, como prova de aprendizado e fortaleza.

Durante a estadia no Rio, também tive a oportunidade de visitar as instalações do Projac - CGP, o grupo Afro-Reggae, a esposição "O mundo mágido de Echer" no CCBB, e alguns pontos turísticos famosos do Rio.

Algumas imagens da estada no Rio.




quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O que dizer? O que comer?


Foi tão natural que parecia irreal

Por dentro o coração batia forte, a-ce-le-ra-dís-si-mo. As mãos estavam frias, se perdiam entre as pernas tremulas ou entre os próprios dedos que se cruzavam. Ledo engano acreditar que posso aqui relatar sentimentos quase que indescritíveis. Não vou me arriscar.
O sábado era esperado com festividade e uma carga de responsabilidade absoluta: eu não podia errar, não podia exagerar, não podia me perder em minhas falas. Enfim. Anotei inúmeras perguntas para o que, a principio, era apenas uma entrevista informal. De todas as perguntas: fiz nenhuma. Eu não precisei delas. Aguinaldo Silva me transmitiu muito mais que respostas, me transmitiu confiança. Um olhar que não se perdia, uma voz que narrava histórias com uma leveza e humor dignas de um criador apaixonado. É isso que és Aguinaldo: um criador apaixonado, um inquieto, um observador. E quando se confia não há motivos para fazer perguntas mirabolantes.

Por vezes me acho "pra frente", por outras me vejo "pra tras". Muitas vezes não falo aquilo que "acho que deve ser dito". E outras tantas vezes falo aquilo que "nunca devia ser dito". Parece complicado? Pois assim sou. Como Aguinaldo, sou inquieto. E não paro. Sonho demais e por isso não me frustro: Se um sonho se dissolve, tenho outros. Se meus planos saem dos trilhos, se algo não dá certo: tenho outras cartas na manga, um Plano B que sempre resolve. Os casos e acasos da vida (os problemas na família) podem, sim, ser fatores cruciais no desenrolar dos projetos, mas me inspiro em tudo. Na mãe, no pai, no outro, no verde, no mar, na gente. Na gente brasileira, na cor, no som.

Me encontrar com Aguinaldo (e também Patrício), foi incrível. E naquele instante (o instante do jantar) tinha eu, inúmeros amigos, uma cidade de aprox. 13 mil habitantes que pensava em mim, uma namorada que orava para que tudo desse certo. E deu? Não sei. O que era mesmo para ter dado certo? A conclusão do jantar foi a seguinte: preciso crescer com dignidade, bom humor e crítica. Aguinaldo Silva mostrou, com honestidade e uma clareza ímpar a sua impagável humildade. Me deixou a vontade e eu falei. Falei mais do que eu poderia imaginar. Ouvi também, ouvi coisas que guardarei pra sempre e minha retina captou momentos únicos, risadas gostosas e conselhos preciosos.

Por instantes me vi perdido. Como me comportar frente a um Mestre da teledramaturgia? O que vou comer? Será mesmo que eu preciso comer? Eu queria aproveitar todo o tempo. Inclusive o tempo da comida. Não podia perder nenhum segundo. E, acreditem, usei todos eles. O que ouvi de Aguinaldo e Patrício me emocionaram. Mas eu também, além de não poder errar, também não podia chorar. Chorar? Talvez pudesse, mas que gafe! Não chorei. Mas os olhos se encheram d’água. Elas, porém, evaporaram em questão de segundos As histórias que eram contadas, os casos relatados e o ritmo da conversa, além de passar confiança, me passava uma força absoluta. E quando se está forte, pra que chorar? E Aguinaldo parece ser daqueles que, quando vê uma lágrima diz logo: “Cabra frouxo! Enxugue o rosto e continue escrevendo, sonhando. Pois novela (ou qualquer outro produto audiovisual que seja) é trabalho pra macho suar e não chorar!”. Estou certo?

A inquietude estava fora do comum. A naturalidade do encontro me pasmava. Aguinaldo falava com muita propriedade de um universo que parecia muito longe de mim. De repente estava frente a frente com ele, autor de novelas, o cerne, o ponto de partida e o ponto final, o que assina, o que compromete, o que enquadra. Me senti mais dentro de um sonho possível do que possam imaginar. E me senti realizado.Mas não paro. Guardarei o momento pra sempre, mas a vida continua, os sonhos me consomem, tenho planos e pesadelos. E eu quero mais, quero muito mais que essas oficinas que tenho feito podem me proporcionar. Acho tudo limitado, quadrado, incompetente. Quero ter a força e a genialidade de saber lidar com os sonhos e os planos. Ter metas e atingi-las mesmo sob lágrimas e suor. Quero escrever, quero produzir, quero movimento, Master Class, som, roteiro, luz, ação!

Saí do encontro revigorado. Corado de energias e pronto para continuar a caminhada que, eu sei, está apenas começando.