quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Capa do livro.

É claro que não vou divulgar, aqui, a capa do meu primeiro livro que já está no forno, pronta pra sair em fevereiro. Só posso garantir que a foto abaixo, tirada por mim durante as gravações do filme originado do livro, estará como detalhe importante da capa.
E a todos aqueles que se interessaram pelo filme (inspirado na história do livro), aí vai o link do blog da produção:
http://www.filmeaheranca.blogspot.com/

Manuela Guarçoni como "Marie"

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lustres: assumidamente a minha paixão.


Numa viagem fora do país, asseguro, o que mais me impressionaria nas galerias de arte, palácios e castelos seriam eles: os lustres. São as minhas paixões. Os lustres deixam qualquer lugar elegante. O da casa da vizinha, o da catedral, os das festas de casamento, os das lojas, os dos bares. Curto muito, desde os pequenos até os mais indiscretos, enormes. Recentemente premiado no Cine Odeon, o que mais me chamou a atenção lá dentro foi ele: um gigantesco lustre. Tirei foto e salvei junto às outras tantas que coleciono numa pasta do computador.
Quando assisto a alguma produção na TV também me encanto com a volta que a câmera dá pelo lustre através da grua que gira em torno dele antes de seguir focando a cena que acontece lá em baixo, em alguma sala ou salão. Em Alma Gêmea e em Chocolate com Pimenta, por exemplo, esse recurso foi utilizado muitas vezes. Como são novelas de época, os lustres,quase sempre eram os “protagonistas” de qualquer cenário. Desde o da loja da fábrica de chocolates (em Chocolate com Pimenta) até a pomposa casa da Ana Francisca (também da mesma novela). Quem não se lembra, por exemplo, da tinta verde que descia do teto de um salão, atravessava o lustre e caia sobre a cabeça da Aninha, sendo humilhada no dia da formatura do colégio em Ventura, cidade criada por Walcyr Carrasco?
Muitos outros objetos cenográficos épicos também me chamam a atenção, mas qualquer lustre me deixa babando de admiração.

Como é um lançamento de livro?


Já sei escrever um livro, já sei como publicar um livro, mas como seria o lançamento de um livro? Procurei na internet algumas referências. Sempre coisas muito bucólicas. Autores em suas livrarias, sentados a uma mesa de vidro esperando que seus amigos apareçam para prestigiá-lo. Em alguns há um evento, há momento para discurso etc.
Aqui em Muqui as coisas são ainda mais formais: faz-se, verdadeiramente, uma festa para o lançamento. Mesas, cadeiras, comida e bebida. Claro, no meu caso não ia ser diferente. E, como eu adoro fazer uma festa (na verdade organizar e planejar) não tinha coisa melhor: Sou taxativo nos detalhes, na lista de convidados (sim, haverá lista de convidados, porque, afinal de contas, não vou alimentar 5 centenas de pessoas!), nos próprios convidados, na arrumação, no coquetel, no vinho, em tudo!
Acreditem: o orçamento da festa já superou o orçamento do livro! Um absurdo. Mas eu me dou este direito: é o meu primeiro livro, é o meu primeiro passo e, tudo isso, com 19 anos! Eu mereço. Mereço, também, calar a boca de muita gente que menospreza o trabalho alheio, que alfineta com espinho, que faz as pessoas sangrarem. Quero dizer com todas as letras e para todo mundo ouvir: estou lançando um livro por mérito meu, com dinheiro meu! Me perguntam: não seria muito ridículo e patético dizer isso? Não! Numa cidade onde as coisas acontecem como no feudalismo é importantíssimo que se tenha a noção de que alguns, para crescer, precisam se alimentar de si mesmos, serem seus próprios patrocinadores.
Mas confesso que o mérito não é só meu. Como disse, os orçamentos estão tomando proporções gigantescas e, por isso, precisei de uma ajuda dos meus pais. Eu não conseguiria, porém, pensar em lançamento de livro se não tivesse ganhado um premio num festival de vídeo. O Cel.U.Cine (festival de micrometragens do Rio) foi, sem dúvida, o responsável pelo impulso, foi o premio que chegou e disse: estou aqui para poder realizar um de seus sonhos. Os meus sonhos são muitos: viagens, objetos de consumo. Mas, antes de pensar em qualquer futilidade, pensei na minha carreira. Pensei: vou lançar o meu livro. Depois pensei de novo: Mas qual deles?
Tenho vários livros, histórias que surgiram na pré-adolescência quando eu ficava sozinho no meu quarto, assistindo TV e pensando na vida. Mas, definitivamente, a história mais “madura” que escrevi e que já estava praticamente pronta era “A Herança – a incrível história de Marie”. Um romance que começou tímido em 2008, mas que ganhou proporções atípicas quando virou roteiro de filme. A história amadureceu e se enriqueceu. Estou orgulhoso. Orgulhoso por estar investindo em mim mesmo e, ao mesmo tempo, me sentir realizado com isso. Sinto um tesão absurdo quando penso em lançamento de livro, quando penso em escrever livro, quando penso em escrever história, quando penso em gravar história.
Espero que o lançamento do livro seja um evento em que eu consiga exprimir muito dessa minha vontade de ver as pessoas cada vez mais propositadas em investir em si mesmos, em se transformarem na principal porta de entrada para um futuro cheio de oportunidades.

Premiação Cel.U.Cine

Com um pouco de atraso, mas ainda muito feliz, venho falar da minha premiação no festival de micrometragens Celucine (http://www.celucine.com.br/). Concorri com o vídeo "Janela redonda" e ganhei o terceiro lugar. O evento foi no Cine Odeon, Rio, e contou com a participação de alguns dos jurados como José Wilker e Cora Rónai entre outros artistas como Dira Paes.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Publicar um livro, publicar uma história.

Não sabia que publicar um livro fosse algo tão desgastante. Já reli a minha obra várias vezes e, ainda assim não me sinto seguro para enviar o livro à editora. Lançar um livro me exige uma responsabilidade tamanha. O livro, admito, não está lá tão ruim. Gostei do que escrevi e da forma como tratei a trama e os personagens. Essa história, a história de “A herança” vem ocupando a minha cabeça e a minha imaginação desde 2008, quando surgiu tímida e começou a ganhar contornos a partir de 2009. A história amadureceu bastante e eu também amadureci, desenvolvi o meu escrever, fiz oficinas audiovisuais, tive aulas de redação na faculdade, aumentei o meu vocabulário. O livro se enriquecia cada vez mais. A insegurança permanece, mas diminuiu ao longo do tempo. O tempo me deu tranquilidade para pensar e repensar na história que inventei, na sua possibilidade real.
Depois que finalizei a história, ainda este ano (2010) me surpreendi ao ler, pela home page da BBC Brasil, a notícia de uma senhora australiana milionária que deixa de herança para as filhas apenas o equivalente à R$2,50. Dois reais e cinquenta centavos! Houve indignação por parte das filhas que reivindicam a herança e questionam a insanidade da mãe ao escrever o testamento.
Fiquei chocado. A história de “ A Herança – A incrível história de Marie” é basicamente isso! Mas a minha história é original e, embora a sinopse seja quase a mesma (uma mulher que não deixa quase nada à neta), o livro percorre por muitos mistérios e segredos. O livro não fala só da herança, mas usa isso como linha para se contar outras tramas, identificar perguntas e, mais tardes, identificar respostas. O livro, em si, tem como pano de fundo uma rica pintora francesa que, já em fase de vida terminal, deixa para a neta apenas o seu diário e um palacete na América. A milionária escondia de todos a decadência da família. O que o livro procura explorar, porém, é como que uma pessoa (no caso a personagem Marie), sempre acostumada no luxo, consegue sobreviver em meio ao caos de um palacete fúnebre no Brasil. Aí é que começa a trama. O livro inteiro conta a vida de Marie e sua frustração quanto à falência da família. É uma história de neta e avó, uma história de amor. O livro, confesso, traz uma história bucólica. Em certos momentos alguns podem, até , se emocionar, rir e chorar, mas o final, garanto, promete muitas reviravoltas em tudo o que o leitor pensou até então.
Na foto, a britânica milionária da notícia.

Sobre Passione


Não acompanhei a novela. Nem ao menos vi o primeiro capítulo. A abertura fantasticamente artística e bem elaborada não ultrapassou, porém, a da novela A Favorita em que trilha sonora e uma animação estupenda e singular deixavam os meus olhos brilhando. A novela e a história não me convenceram. A novela em si, não me seduziu. Tudo estava perfeito demais, o figurino, as roupas, a Toscana, a arte, mas a história, o diálogo, o “toma-lá-da-cá” estava fraco demais. As imagens da Itália estavam lindas, coisa de filme mesmo, mas a história não rendia. O que eu sentia era uma produção muito bem elaborada, mas uma trama fraca. Diálogos e cenas estrategicamente pensadas no apelo imagético e não no bom roteiro. É claro que falo isso como leigo. Afinal, não entendo tanto desse universo. Gosto muito de telenovela, gosto muito de entender o processo todo, mas ainda não sou absolutamente ninguém além de um universitário que cursa Jornalismo. Também, como já disse anteriormente, não assisti a novela em período integral. Mas pelas poucas cenas que vi em alguns capítulos foi isso que pude perceber. A novela está insossa, sem fogo, sem gás. O “quem morreu” não chama mais atenção, os mistérios estão fracos, não convencem, não instigam, pelo menos a mim.
Agora, já em reta final, o que se vê é uma pressa. Algumas cenas são gravadas com a câmera na mão, no ombro (nada contra, até porque defendo muito este estilo), mas seria mesmo só estilo, ou expressão de correria. Usar esse artifício só agora, no final, deixa claro que não é um recurso recorrente durante toda a trama e que talvez seja, realmente evidência da pressa. Esquecem-se das imagens, da produção bem feita. Início de novela é sempre tão lindo, final é sempre assim, uma correria, imagens feitas com uma pressa absurda. Pressa, eu sei, está presente em todas as cenas. Gravar é algo complicado. Mas, em reta final, uma novela, principalmente como a Passione, está deixando transparecer isso demais. Não sei se é só impressão. Talvez seja. Novelas com imagens belíssimas, é claro, se edificam, se valorizam. Mas o que o público quer, acima de tudo, não é ver os personagens brasileiros viajando Europa a fora para gravar cenas lindas, mas que não envolvem. O público quer conhecer sim outros países, navegar em questionamentos e entender a amálgama brasileira através destas relações entre países e cultura, mas a história deve, acima de tudo, convencer. E, definitivamente, Passione tomou um rumo que nem eu entendi. Algumas cenas sobre os rumos da metalúrgica Gouveia são entendíveis apenas para alguns. É um discurso muito formal, sobre desvio de dinheiro, sobre compra de ações. Muita gente não entende isso. A favelinha continua sendo um portal. E, antes de querer criar novelas fantásticas, que levem para a Tv relações entre países em desenvolvimento e países desenvolvidos, um autor precisa criar questionamentos dentro do próprio país. A moça de Copacabana e o cara da favela, a socialite decadente e o pobre vencedor, batalhador. Talvez o contrário. O fato é que o público quer ver imagens lindas, mas bem utilizadas, o público quer ver intriga, quer ver barracos e não simplesmente pessoas bem vestidas, personagens engravatados andando nos carros da Kia pelas ruas sempre lindas e limpas da capital paulistana.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Boca no trombone!

Hoje resolvi escrever um comentário para postar no site-blog de Aguinaldo Silva. Sempre leio suas opiniões em suas postagens, seus textos, mas nunca tive paciência e tempo para escrever. Mas decidi comentar alguma coisa lá essa semana e começar a me atualizar na rede. Ando afastado dos blogs, do twitter e de tudo. Vou voltar com força total.
Ainda estou as voltas com o lançamento do livro, muita coisa ainda para pensar e planejar, mas sei que vai dar tudo certo.
Abaixo coloquei o meu comentário que, em breve, publicarei no blog do Silva.

"Há muito tempo tenho vontade de postar aqui. Mas tudo é tão corrido que raramente dá tempo. Não ponho a culpa somente no tempo. Mas também na falta do que dizer. Não queria estar aqui, dentro dessa quantidade enorme de comentários pra ser apenas mais um. Sempre leio Aguinaldo porque me identifico muito com seu estilo sarcástico, do seu estilo de crítica ao mundo global, a sociedade. E, vejam bem, não estou conseguindo ser original (já que essa é a minha intenção). Comentando dessa maneira estou sendo apenas mais um: um daqueles que certamente se utilizam desse portal de comentários para se auto-promover e promoverem o próprio Aguinaldo. Acho edificante! Mas definitivamente não gastarei minhas palavras aqui para elogiar uma pessoa que sabe que é adorada por muitos, inclusive por mim. Ele sabe que muitos dos que estão aqui admiram o seu trabalho e que a sua filosofia de vida, as suas críticas, observações e “crônicas” inspiram e estimulam muitas pessoas. Elogiar Aguinaldo é insólito. Quero mesmo é apreciar o seu trabalho. Por isso evito me comprometer aqui em comentários extensivos (embora este já esteja se tornando um comentário prolixo – mas não tem problema estou tirando o atraso, acompanho o blog há muito tempo e chegou a hora de colocar a boca no trombone). Quero muito poder acompanhar além das leituras todos os comentários.
Teria muito pra poder falar de mim, mas vou evitar esse tipo de coisa. Vou revelar apenas que faço Jornalismo numa universidade de Ouro preto, mas que sou do Espírito Santo e que, em breve lançarei um livro (romance) em que o próprio Aguinaldo me influenciou com o seu estilo, o seu estilo de diálogo, de trama. Tenho, como muitos dos que estão aqui, sonhos. Mas não vou, em hipótese alguma, expô-los dessa forma. Muitos dos meus sonhos são segredos e, mesmo se não fossem, por que ficar aqui relatando sonhos? Verdadeiros sonhadores não perdem o precioso tempo escrevendo sobre eles, mas buscando caminhos para alcançar razões e motivos que poderão ou não, fazer o sonho se tornar realidade.
Prefiro, aqui, continuar sendo um admirador “secreto”, um anônimo que acompanha tudo, que lê os comentários, que lê os textos de Aguinaldo Silva, que o acompanha no twitter, no face, mas que em muitos momentos prefere se calar. Resolvi romper com isso. Quero estar cada vez mais próximo das pessoas que comungam comigo as minhas opiniões e o blog do Aguinaldo está ultrapassando os limites da “coluna opinativa” e se tornando um portal valioso para o conhecimento entre pessoas, entre profissionais, entre artistas, entre leigos e interessados.
Aguinaldo é um dos poucos autores que consegue sobreviver na rede. Admiro muito, por exemplo o Walcyr Carrasco, mas lamento o atraso em que se encontra com relação a sua atualização na rede. O que a gente quer (digo “gente” me referindo a pessoas que gostam de saber das curiosidades de produção de uma novela, a criação dos personagens, da trama e, até, das cidades cenografias!) é ver os nossos autores queridos não só na Tv (onde também raramente aparecem), mas na internet, pois este é, definitivamente um lugar livre, infinito! Não queremos perceber as opiniões e a visão dos autores apenas incrustadas e intrínsecas nos diálogos da novela, nas subjetividades da abertura. Queremos eles por eles, mais transparentes, mais gente.
Embora prometa aparecer aqui mais vezes (mais vezes meeesmo, porque quando em comprometo a comentar, comento, e comento de verdade!) vou querer sempre continuar sendo um admirador, um leitor, muito mais do que mais um comentarista. Aliás quem sou eu pra comentar sobre comentários de um autor de novela aclamado? O que prometo, sim, é aparecer aqui para dizer: eu existo! Eu entro no blog, leio, e agora estou postando!
Prefiro continuar sendo um admirador “secreto” que, talvez num futuro próximo, possa encontrar ao acaso com Silva pelos corredores do New York City Center ou pelas ruas de Lisboa, onde planejo, antes do término da faculdade, gravar um documentário sobre Folia de Reis, (representação cultural e artísticas “brasileira” que tem raízes em Portugal).
Embora o meu livro, com previsão de lançamento para fevereiro, tenha muito mais influência do estilo de Carrasco (a trama é de época – sinto saudades das novelas épicas de Walcyr), o estilo sarcástico de Aguinaldo, o estilo crítico também está pueril e subjetivo nas entrelinhas.
E é como eu disse. Se não se acompanha um ídolo em todos os momentos, a sua vida, a sua história e se, ele próprio, também não ousa expor seus pensamentos e críticas num blog ou num site, se perde e perde seus fãs. Distancia-se!
A tendência, é claro, é estar cada vez mais envolvido neste blog/site. A reformulação ficou fantástica. O site, embora simples, ficou muito charmoso, a cara do Aguinaldo.
Encontrar com um autor na rua é quase um milagre, quase ganhar na loteria! Mas eu já tive esse prazer no Rio, mas, confesso, fui o mais besta de todos os bestas dessa face da terra. Quando o vi fiquei paralisado, pronunciei seu nome, mas não consegui esboçar mais nenhuma palavra. Parecia estar diante de um presidente, de alguém muito superior a mim. Fiquei com medo. Foi uma sensação estranhíssima. Eu o admirava, ele era (é) um dos meus ídolos, mas eu tinha receio de chegar perto, medo de ser rejeitado, sei lá! Eu não era nada diante dele! O que eu poderia fazer ? Ser mais um e dizer: Oi Aguinaldo, eu adoro o seu trabalho, acompanho o seu blog, tira uma foto comigo?”. E foi isso que aconteceu. A timidez tomou conta de mim e foram exatamente essas as palavras pronunciadas por yo. Minha mãe, também nervossíssima-trêmula tirou uma foto praticamente desfocada e eu, suava! Mãos, pés, meias! Depois me despedi, ele apertou minha mão! Não acreditava. Partindo novamente pra Muqui, minha cidade Natal (havia ido ao Rio para uma visita ao projac) eu me mordia de arrependimento. Podia ter sido mais original, ter falado com palavras diferentes. Se ao menos eu soubesse que iria encontrá-lo ali, ensaiaria um texto, um comportamento. A gente nunca imagina encontrar um autor de novelas assim, a paisana num shopping do Rio.
Compartilhei a notícia com alguns amigos medíocres (todo mundo tem amigos medíocres), mas depois me arrependi.
- Aguinaldo? Silva? – esboçaram alguns. Eu perdi a paciência. Eu sei que é natural, mas me indigno com aqueles que desconhecem os autores das novelas que muitos acompanham. Sei que, em parte, é culpa da mídia. Pouca divulgação. Se não se lê, logo na abertura da novela, o letreiro minúsculo “novela de...”, talvez haja a oportunidade de vê-lo num programa de famosos que passa em alguma REDE de TV. Ah! Tem ainda as chamadas de estréia da novela. Mas quem dá valor ao “Vem aí, a próxima novela das 8, de Aguinaldo Silva...” se o que, hoje em dia, o apelo é muito mais imagético? As pessoas querem ver os atores, os belos e as belas, os cenários!
Quanta ignorância! Como não conhecer e dar valor aos principais responsáveis pela trama, pelo beijo que muitas donas de casa assistem suspirando apaixonadas?
Mas a gente aprende com tudo nessa vida. Da próxima vez que encontrar Aguinaldo (tomara que isso aconteça! Em fevereiro faço uma oficina audiovisual no canal futura), farei um esforço absurdo para não ser mais um. Quero me apresentar dignamente, assim como, agora, eu me apresento aqui. Não vou simplesmente gaguejar e tirar uma mísera foto. Sossegado poderei admirá-lo como amigo e como pessoa de opinião, independentemente de Globo, de novela e de SIC.
De fato, não consegui, aqui, ser original. Fui apenas mais um: o que fala de si e que elogia. Mas também não me arrependo. Falar de si, elogiar e, principalmente, escrever, mesmo prolixamente, é algo fundamental para quem quer ter uma opinião de peso e gerar polêmica".

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Muqui, livro, filme, toddynho e Walcyr


Sei que estou afastado daqui há um tenpão, mas foi por causas nobres. Final de período na faculdade é sempre muito bom. Bom porque é exatamente no fim do período que o próprio período se dá. As coisas acontecem, as pessoas leem, você faz trabalho e o tempo passa bem rápido. Logo estava arrumando a minha mala, descendo a praça Minas Gerais e partindo para o Espírito Santo. Durante a viagem uma chuva que me assutara. Passei todo o tempo acordado, ouvindo música, mas mesmo assim apreensivo com os raios e trovões. Tenho pavor de viajar de madrugada, mas os onibus, infelizmente, só circulam para Cachoeiro nesse turno. Chegar em Muqui é sempre bom, rever a namorada e alguns amigos também. Vim cheio de ideias para colocar em ação, planos e projetos. Primeiramente tenho que encerrar o filme "A Herança", agarrado desde que começei a estudar em Ouro Preto, e depois vem o lançamento do meu livro, o meu primeiro livro, o livro que deu origem ao filme "A Herança". Como não quero deixar esse acontecimento passar em branco já planejo a festa do lançamento sem nem o livro sair da editora. A All print me garante que em final d ejaneiro o livro estará pronto, mas como sou precavido, agendei o lançamento para o dia 26 de março. data estrategicamente especial. Meu avô, a quem dedico o livro e toda a inspiração, completa 85 anos de idade no dia 25 de março de 2011. Não poderia existir um elhor presente! Comemorar com ele esse lançamento vai ser ótimo.

Mas, para fechar o pacote de compromissos ainda tem as festas de fim de ano, o natal, o reveillon. datas como essas sempre me deixam angustiado. Não sie porque, mas tenho uma sensação estranha quando se pensa em natal, em compras, compras e compras. Vejo centenas de pessoas nas ruas, comprando e gastando, passando cartões, destacando cheques. vejo muita futilidade, gente sem amor no coração, gente correndo, com pressa. O reveillon também me deixa angustiado. Por alguns instantes me vem a vontade de passar a virada do ano só, sme ninguém, apenas a namorada do meu lado, comigo, conversando. Outra hora sinto vontade de passar com todos os conhecidos, com todos os amigos. Me sinto angustiado por pensar em todos eles, em muitos que estarão longe na hora da virada. É estranho pensar assim. Mas em alguns momentos tenho vontade de ter todos perto, o mundo inteiro. Penso no reveillon da família rica da Barra da Tijuca, penso na multidão de gente nas areias de Copacabana, penso no reveillon dos mineiros, no reveillon dos muquienses.

Por enquanto tenho andado meio sem saber o que fazer e o que escrever. Tenho que voltar ao hábito de escrever, até sobre as coisas mais banais. Só não posso parar. A correria tá grande. orçamento de convites de lançamento, decoração, burocracia, dinheiro... Nesse meio tempo ainda surge vontade de escrever sobre assuntos dos mais diversos. A conversa de uma mulher na calçada me chama atenção, anoto ás vezes uma ideia, mas ela depois se perde em meio ao caos de projetos que se tornou o meu final de ano. Maaaaas, antes um mar agitado que um mar morto, uma "lagoa do siri". E, por falar em lagoa do siri, passei por Marataízes no último final de semana e será lá, nessa cidadezinha que passarei a virada pra 2011. Daí vem mais burocracia: a reserva do hotel, a confirmação do pagamento, a compra do ingresso da festa etc, etc, etc...

No momento estou editando as cenas do filme. Estão todas raticamente gravadas, as musicas já estão salvas, resta-me apenas e-di-tar. Editar é sempre prazeroso, mas, quando não s etem paciência e tempo se torna uma atividade chata!´Sem falar do programa que as vezes trava demais pelo peso dos vídeos. Canso. Volto aos preparativos do livro. O orçamento anda apertado. queor colocar muita coisa, quero tudo ao mesmo tempo num evento de lançamento d elivro que mais parece uma festa de casamento. penso em cada detalhe, desde os convites até as flores da mesa de autógrafos. Depois penso na lista de convidados, outro dilema! Como deixard e convidar pessoas que você considera legal, mas extremamente dispensável para este tipo de cerimônia? Ainda mais se tratando de cidade pequena onde todo mundo sabe o que vai rolar. Quando me canso de planejar vou namorar ou ler um livro (estou relendo A Senhora das Velas, de Walcyr Carrasco). To participando de uma prmoção incível do Toddynho, o prêmio é uma viagem para Orlando e notebooks. Nos últimos dias passei no supermercado e comprei seis! Tomei em dois dias. Saudades de Toddynho, saudade de participar de promoção.

Em falar em promoção, saiu hoje o resultaod da seleção de participantes para a Oficina Audiovisual Geração Futura Universidades Parceiras. Fui um deles! Em fevereiro parto para o Rio.

No mais é isto. Muito ansioso pra tudo, inclusive pro reveillon que, espero eu, seja bem animado. Com certeza muitas coisas vão maquinar na minha cabeça até lá. Surgirão temas para crônicas que, podem ou não sair, surgirão os pensamentos mais tolos e "sem noções" que, poderei ou não, compartilhar com meu blog. Minha privada!